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Religião

Papa pede unidade durante visita à Romênia

1 de junho de 2019

Última viagem papal ao ex-país comunista de maioria ortodoxa foi há 20 anos. "Eventos tristes do passado não devem ser esquecidos, mas tampouco ser obstáculos", apela Francisco em momento de tensão política na Romênia.

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Papa Francisco é recebido no palácio presidencial, em Bucareste
Francisco é recebido no palácio presidencial, em BucaresteFoto: imago images/A. Nicodim

O papa Francisco pediu neste sábado (01/06) que a Romênia transforme "os velhos e atuais rancores" em "novas oportunidades de comunhão", durante a missa que celebrou no santuário mariano de Sumuleu-Ciuc, na cidade de Miercurea Ciuc, um dos mais importantes para a minoria católica no país.

Trata-se do segundo dia da viagem que vem num momento de incerteza política no antigo Estado comunista, apenas dias após o mais poderoso político do país, Liviu Dragnea, ser preso por suborno. A última visita papal à Romênia (e também a primeira a um país de maioria ortodoxa cristã), fora em 1999, por João Paulo 2º.

Francisco lançou uma mensagem de união entre as diferentes identidades sociais e religiosas do país, de maioria ortodoxa, e fez a primeira visita de um papa à região da Transilvânia, onde se concentra grande parte dos católicos e romenos húngaros.

Numa esplanada próxima ao santuário, o pontífice de 82 anos lembrou em sua homilia que a peregrinação ao templo representa um povo "cuja riqueza são os seus mil rostos, culturas, línguas e tradições". Por essa razão, pediu: "Não nos deixemos roubar a fraternidade pelas vozes e as feridas que alimentam a divisão e a fragmentação."

"Os complexos e tristes eventos do passado não devem ser esquecidos ou negados, mas também não podem constituir um obstáculo ou um motivo para impedir uma desejada convivência fraterna", aconselhou.

Estavam presentes à missa a primeira-ministra da Romênia, Viorica Dancila, e o presidente da Hungria, János Áder, devido à grande presença de romenos de etnia húngara na Transilvânia, que pertenceu ao Império Austro-Húngaro até sua desintegração, após a Primeira Guerra Mundial.

O santuário mariano de Sumuleu-Ciuc, de estilo barroco e situado num mosteiro franciscano, é destino histórico de peregrinação para os católicos de etnia e língua húngara da Romênia e de outros países. No domingo, Francisco beatificará, como mártires, sete bispos torturados pelo regime comunista e mortos na prisão.

AV/afp,rtr,efe,dpa

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