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SaúdeReino Unido

Pandemia de covid-19 pode durar anos, alertam cientistas

21 de julho de 2020

Especialistas consideram improvável que vacina elimine o coronavírus para sempre e destacam que patógeno se tornou uma infecção humana endêmica. Mundo registra mais de 14,7 milhões de casos de covid-19.

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Mulher com máscara de proteção
Para evitar segunda onda de contágio, cientistas pedem que população que não seja complacenteFoto: picture-alliance/Xinhua News Agency/A. Halabisaz

Cientistas britânicos disseram nesta terça-feira (21/07) que a pandemia de covid-19 poderá durar anos e consideraram improvável que uma vacina elimine o coronavírus para sempre. O alerta foi feito ao comitê de Saúde e Assistência Social da Câmara dos Comuns, em Londres.

Aos parlamentares, o epidemiologista Jeremy Farrar disse que a pandemia não terminará até o Natal. "Essa infecção não vai desaparecer. Ela é agora uma infecção humana endêmica", destacou. "Mesmo se tivermos uma vacina e bons tratamentos, a humanidade continuará vivendo com esse vírus por muitos e muitos anos, muitas décadas", acrescentou.

O especialista, que faz parte do comitê que aconselha o governo britânico, pediu ainda a políticos e à população que não sejam complacentes durante o verão europeu, que termina em setembro, e alertou que essa é uma "fase crucial" para evitar uma segunda onda de contágio.

Já o professor da Universidade de Oxford John Bell destacou que é improvável que o coronavírus seja eliminado, apesar dos resultados preliminares positivos que a vacina desenvolvida pela instituição britânica obteve. "A realidade é que esse patógeno está aqui para sempre e não vai a lugar algum", acrescentou.

Bell disse também que haverá invernos nos quais o coronavírus estará de volta. Ao ser questionado sobre a vacina, o cientista afirmou que não acredita que ela terá um efeito duradouro, o que resultará em "ciclos contínuos de vacinação, onda de infecções e novamente vacinação" por décadas. "A ideia de eliminá-lo entre a população simplesmente não é realista".

O alerta dos cientistas foi feito após o primeiro-ministro britânico, Boris Johnson, anunciar seus planos para flexibilizar as restrições impostas para conter a pandemia, incluindo a reabertura de centros de lazer e piscinas, assim como a possibilidade da permissão de eventos de massa a partir de setembro. O Reino Unido é um dos países mais afetados pela covid-19, com mais de 295 mil casos e 45 mil mortes.

Mais de 14,7 milhões de casos de covid-19 foram registrados no mundo desde o início da pandemia em dezembro do ano passado na China, segundo a Universidade Johns Hopkins. A doença casou 611.599 mortes.

Os Estados Unidos são o país mais afetado, com mais de 3,8 milhões de infecções, seguidos de Brasil (2,1 milhões), Índia (1,1 milhão), Rússia (782 mil), África do Sul (373 mil), Peru (353 mil), México (349 mil), Chile (334 mil), Reino Unido (295 mil) e Irã (278 mil).

Em número de mortes, os EUA também lideram, com mais de 141 mil vítimas. Em seguida vêm Brasil (80,1 mil), Reino Unido (45,5 mil), México (39,4 mil), Itália (35 mil), França (30,1 mil) e Espanha (28,4 mil).

CN/efe/ots

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