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Os principais fatos na crise entre Teerã e o Ocidente

31 de agosto de 2006

Leia aqui os fatos relacionados à crise com o Irã por causa do seu programa nuclear:

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Foto: picture-alliance/dpa

2006

– 31 de agosto: O Irã não cumpriu as exigências do Conselho de Segurança para encerrar o conflito em torno de seu programa nuclear. é isso que consta de um relatório da Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA) de Viena, a ser enviado ao Conselho de Segurança das Nações Unidas. A acusação abre caminho no Conselho de Segurança para o debate de sanções contra o quarto maior exportador de petróleo do mundo.

– 29 de agosto: Presidente Ahmadinejad anuncia que seu país não cumprirá o ultimato do Conselho de Segurança, que expira em 31 de agosto. França se diz pronta a retomar o diálogo com o Irã.

– 27 de agosto: Irã propõe negociações em nível ministerial com os cinco membros permanentes do Conselho de Segurança e a Alemanha (5 + 1). Com uma inesperada mudança de atitude, após 25 anos de esfriamento de relações, o governo Bush havia declarado estar aberto a negociações diretas com o Irã, desde que este desista do seu programa de enriquecimento de urânio.

– 22 de agosto: Teerã transmite sua resposta à oferta feita em 6 de junho pelo 5+1. Washington considera que o Irã não cumpre com as condições da ONU. Berlim acha a resposta insuficiente; Paris, ambígua, e Londres, inadequada.

Irak, neue nukleare Anlagen in Arak
ArakFoto: AP

– 21 de agosto: O Irã considera "impossível" suspender seu enriquecimento e anuncia que "muito em breve" colocará em funcionamento sua usina de água pesada em Arak.

– 31 de julho: Resolução do Conselho de Segurança dá um mês a Teerã para suspender o enriquecimento (até 31 de agosto), sob pena de eventuais sanções.

– 6 de junho: Os cinco membros permanentes do Conselho de Segurança, além da Alemanha, apresentam uma oferta que compreende garantias comerciais e econômicas se o Irã aceitar suspender suas atividades nucleares.

– 3 maio: Projeto de resolução franco-britânico apoiado por Washington, referindo-se ao capítulo VII da carta da ONU, é apresentado ao Conselho de Segurança. Moscou e Pequim se opõem, impedindo sua adoção.

– 2 de maio: Teerã anuncia ter enriquecido urânio a um nível de 4,8%.

– 28 de abril: O Irã deixa de cumprir as exigências da comunidade internacional de suspensão de seu programa nuclear. Ahmadinejad declara que seu país é "futura superpotência mundial". O Irã não suspendeu o enriquecimento de urânio na data limite fixada pela ONU, afirma a AIEA em relatório enviado ao CS. A AIEA não descarta a hipótese de que o Irã tenha recebido plutônio do exterior.

– 23 de abril: Teerã afirma que enriquecimento de urânio é "irreversível".

– 18 de abril: Terminam sem avanços as consultas em Moscou entre os cinco membros permanentes do Conselho de Segurança mais a Alemanha na busca por uma posição dos seis partes em relação ao Irã, sobretudo para a reunião do Conselho de Segurança da ONU de 28 de abril, que tratará deste problema. No que se refere ao uso da força, só os Estados Unidos não a excluem, enquanto Moscou e Pequim insistem na necessidade de seguir a via diplomática.

– 13 de abril: A República Islâmica anuncia que conseguiu enriquecer urânio o suficiente para fabricar combustível nuclear, desafiando o Conselho de Segurança.

– 3 de abril: O Irã realiza manobras militares no Golfo e anuncia ter testado novas armas para responder a qualquer ataque dos "inimigos".

– 29 de março: Representantes da política externa dos cinco membros com direito a veto no Conselho de Segurança da ONU reúnem-se com o colega de pasta da Alemanha em Berlim e concedem prazo de 30 dias para o Irã suspender o enriquecimento de urânio. Teerã se mantém inflexível.

– 13 de março: O governo do Irã rejeita a proposta de levar seu programa de enriquecimento de urânio para a Rússia.

– 8 de março: A AIEA decide remeter a questão nuclear envolvendo o Irã ao Conselho de Segurança da ONU.

– 3 de março: Depois de fracassarem, dois dias antes, as negociações entre Moscou e Teerã, fracassam também as negociações entre a Alemanha, França, Reino Unido (tríade européia) com representantes iranianos. Teerã propõe moratória de dois anos para o enriquecimento industrial, mas insiste em continuar suas pesquisas.

– 26 de fevereiro: O Irã anuncia um "entendimento básico" com a Rússia sobre a criação de uma empresa conjunta para enriquecimento de urânio.

Iran, Atomkraftwerk, Natanz
Natanz, a 270 quilômetros de TeerãFoto: dpa

– 14 de fevereiro: Depois de uma pausa de dois anos e meio, o Irã retoma as atividades de enriquecimento de urânio em Natanz.

– 4 de fevereiro: Decisão da AIEA (com apoio russo e chinês) de exigir a suspensão do enriquecimento de urânio e levar o caso ao Conselho de Segurança das Nações Unidas. Teerã reage no dia seguinte, com a suspensão da aplicação do protocolo adicional do Tratado de Não-proliferação de Armas Nucleares.

– 25 de janeiro: O Irã se declara favorável à proposta da Rússia e Pequim dá seu aval no dia seguinte.

– 10 de janeiro de 2006: O Irã retira os lacres de três instalações nucleares para iniciar trabalhos de "pesquisa nuclear", o que causa uma onda de protesto internacional.

2005

– 11 de novembro: Moscou apresenta um plano, com o aval de Europa e EUA, que oferece ao Irã a possibilidade de enriquecer urânio na Rússia.

– Setembro de 2005: Ahmadinejad reafirma na Assembléia Geral das Nações Unidas o "direito inalienável" de seu país de controlar o ciclo do combustível nuclear. O Conselho de Governadores da AIEA constata numa resolução que o Irã violou no passado suas obrigações de controles internacionais. Excepcionalmente dividida, a Agência adota uma resolução que permite o envio de um relatório ao Conselho de Segurança. Rússia e Índia se abstêm.

– Agosto de 2005: O Irã informa que colocará em funcionamento parte do processo de conversão de urânio em Isfahan e rejeita o plano de incentivos econômicos proposto pela tríade européia (Alemanha, Reino Unido e França), argumentando que a proposta é inaceitável. Resolução da AIEA pede o fim da produção de combustível nuclear.

– Junho de 2005: O ultraconservador Mahmud Ahmadinedjad ganha as eleições presidenciais no Irã.

– Abril de 2005: O Irã anuncia que colocará em funcionamento a conversão de urânio na central de Isfahan.

2004

– Novembro de 2004: Durante o processo de negociação, a tríade européia consegue fazer com que Teerã aceite suspender todas as atividades relacionadas ao enriquecimento de urânio.

– Fevereiro de 2004: Diferentes informações sustentam que o pai da bomba atômica paquistanesa, Abdul Qadeer Khan, entregou tecnologia e conhecimentos nucleares ao Irã.

2003

– Novembro de 2003: A AIEA afirma que o Irã reconheceu ter produzido pequenas quantidades de urânio altamente enriquecido, que poderia alimentar armas nucleares. No entanto, ressalta que não há provas de que o país tenha intenção de construir bombas.

– Outubro de 2003: O Irã aceita assinar o Protocolo Adicional do Tratado de Não-Proliferação Nuclear (TNP) e suspender as atividades de enriquecimento de urânio.

– Junho de 2003: O diretor-geral da AIEA, Mohamed El Baradei, diz que o Irã manteve aspectos de seu programa nuclear em sigilo.

– Fevereiro de 2003: O então presidente do Irã, Mohammad Khatami, afirma que seu país produzirá seu próprio combustível nuclear para seu programa atômico civil. Inspetores da AIEA começam a supervisionar as instalações nucleares.

– Dezembro de 2002: Um canal de televisão norte-americano divulga fotos por satélite de duas instalações nucleares iranianas, desconhecidas até então, Arak e Natanz. Teerã aceita inspeções de especialistas da Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA).