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Na Alemanha, crescem alternativas para veganos

1 de novembro de 2015

Embora eles sejam apenas 1% da população do país, opções para os que rejeitam produtos de origem animal se multiplicam. Não só o setor de alimentos e roupas mira essa clientela, mas também hotéis e até cabeleireiros.

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Salsichas veganas, produzidas com algas: vendas de substitutos da carne quase dobraram desde 2011Foto: Nastasja Shtrauchler

Proteção do meio ambiente, bem-estar dos animais ou a própria saúde. Os veganos têm várias razões para não consumirem produtos de origem animal. O Dia Mundial do Vegano, comemorado neste domingo (01/11), busca chamar a atenção para esse estilo de vida.

A Associação Vegetariana da Alemanha (Vebu) avalia que existem 900 mil veganos no país. Embora o número represente apenas 1% da população, não param de surgir novas possibilidades para quem quer levar uma vida completamente "livre de animais".

Confira algumas delas:

Supermercado

Aberto há alguns anos em Prenzlauer Berg, na cidade de Berlim, o Veganz é o primeiro supermercado vegano da Alemanha. De lá para cá, a rede já abriu filiais em Munique, Leipzig e Essen. A Federação Alemã do Comércio de Alimentos (BVLH) cita dados de consumo: de 2011 para 2015, as vendas de substitutos da carne e de patês vegetarianos passaram de 129 milhões de euros para 243 milhões de euros. De acordo com um porta-voz da BVLH, as taxas de crescimento são altas, mas os produtos mencionados ainda representam apenas 0,1% a 0,2% das vendas totais de alimentos.

Biergarten

No biergarten (bar ao ar livre) berlinense Wilder Hase im Nirgendwo (algo como "Coelho Selvagem em Lugar Nenhum"), salsicha de vitela e frango assado são tabus. Em vez disso, há pretzels veganos com húmus. Parece que ele não é o único desse tipo, e pelo menos um biergarten vegetariano já foi visto em Munique.

O Veganz foi o primeiro supermercado vegano da Alemanha.
O Veganz foi o primeiro supermercado vegano da Alemanha.Foto: picture-alliance/dpa

Academia de ginástica

A Berlin Strength é uma academia totalmente vegana na capital do país. Isso significa, por exemplo, que o equipamento não é revestido com couro e as barrinhas para comer durante o treino são feitas com soja. Existe também um pó vegano para fazer shakes de proteína, como anuncia o grupo do Facebook Vegan Strength, que reúne atletas vegetarianos.

Tatuagem

A necessidade de equipamentos de tatuagem veganos não é óbvia. Mas a cor vermelha pode vir de pulgões, e também a vaselina para a pele nem sempre é livre de animais. Essas coisas são evitadas nos estúdios Herr Fuchs und Frau Bär e Little Bird Tattoo, ambos em Berlim.

Cabeleireiro

A situação é semelhante no cabeleireiro, onde os veganos precisam ter cuidado com a cera de abelha ou os shampoos testados em animais. O cabeleireiro Weinhönig, em Berlim, atende a esse público. Não há, entretanto, número oficiais sobre quantos estabelecimentos seguem essa tendência.

Camisinha

Sabe-se que alguns preservativos contêm ingredientes de origem animal. Além disso, pode haver caseína — uma proteína encontrada no leite — nas camisinhas. Por isso, existem versões veganas.

Turismo

A cidade de Colônia oferece visitas guiadas para veganos. As atrações são um pouco diferentes das de um tour tradicional: o passeio leva a restaurantes, mercados e lojas de roupas. A opção segue uma tendência geral de excursões alternativas para conhecer as cidades fora dos roteiros clássicos.

Hospegadem

Os hotéis veganos ainda são raros na Alemanha, segundo a associação do setor. Um deles foi o Veganalina, em Hamm, que não usava travesseiros com penas nem sabão testado em animais. Hoje, ele é apenas um café, segundo a funcionária Alina Rüter. Demanda havia, mas o edifício estava em condições precárias. "O conceito definitivamente funciona", diz Rüter. O presidente da Vebu, Sebastian Zösch, concorda: "Mais e mais consumidores dão importância a uma boa oferta vegetariana ou vegana. Isso aumenta as exigências sobre restaurantes e hotéis".

AF/dpa