MWC 2017: Entre realismo e nostalgia
Na maior feira de smartphones do mundo, em Barcelona, expositores apostam até na ressurreição de modelos antigos para chamar atenção e conquistar uma fatia do dinâmico mercado mundial de celulares.
De volta ao começo?
O fabricante finlandês HMD Global sai na frente da onda retrô, trazendo de volta o Nokia 3310. A duração da bateria é de 22 horas, quando em uso constante, e de um mês (!) em modo standby. A empresa irá desenvolver, fabricar e comercializar os novos dispositivos sob o nome Nokia. O jogo Snake já virá pré-instalado no telefone.
Atacando o mercado
A HMD, que comprou da Microsoft os direitos para explorar a marca Nokia, está lançando um total de três modelos de médio custo que levam o nome da antiga líder do mercado global de celulares. Desde a queda espetacular da Nokia, o mercado tem crescido bastante. Só no ano passado 1,5 bilhão de smartphones foram vendidos. A Apple foi a maior vendedora, seguida de perto pela Samsung.
Para quem é louco por teclados
A Blackberry, pioneira da telefonia celular, também está apostando no que já é testado e conhecido. Seu smartphone KEYone tem um teclado que lembra os antigos modelos. É o primeiro dispositivo novo da Blackberry desde que o desenvolvimento e a produção de telefones passaram às mãos da companhia chinesa TCL (conhecida como Alcatel). É também uma tentativa de voltar a fincar pé no mercado.
Momento avesso a espetáculos
Normalmente, a Samsung apresenta no MWC o modelo mais recente de seu smartphone Galaxy. Não neste ano. Depois da catástrofe do Note 7, a Samsung ficou longe das grandes apresentações de gala e só mostrou novos tablets – como o Galaxy Tab S3.
Mais que um tablet
O Galaxy Book é um "conversível" – um tablet que funciona como um substituto para um laptop, com um teclado externo. E o Galaxy S8? Ele é esperado para ser lançado em abril. Produtores concorrentes querem tirar vantagem desse vácuo comercial.
A concorrência não dorme
A Huawei tem grandes ambições: os chineses estão visando a Samsung e sua posição no mercado. Este ano, a Huawei apresentou seus dois novos modelos de ponta. O P10 e o P10 Plus se destacam por usarem materiais de alta qualidade e por suas câmeras, construídas em cooperação com a Leica. Eles também prometem carregamento mais rápido da bateria, projetada para durar dois dias.
Telefonando com o relógio
Os dois modelos de smartwatch da Huawei, o Watch Classic e o Watch 2, dispõem de mais de quatro gigabytes de espaço para armazenamento de dados. Pagamentos móveis são possíveis por meio do Google Android Pay. Com um cartão SIM nano, o modelo mais caro, Watch 2, pode fazer ligações telefônicas.
Apostando no tamanho
A sul-coreana LG inova com o formato 18:9, pouco comum. O G6 cabe na mão, mas ainda tem uma tela grande. O novo modelo de ponta da empresa pode ajudar a marca a retomar o sucesso de vendas. No ano passado, a LG registrou prejuízo.
Pronto para o futuro
Um grande assunto na feira também é o padrão de telefonia móvel 5G. A indústria já está entusiasmada com a rede de dados super-rápida. O novo modelo de ponta da Sony, Xperia XZ, já é capacitado para as redes do futuro. Mas ainda levará anos até que o novo padrão funcione amplamente e os dados possam fluir sem impedimentos.