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Muçulmanos na Alemanha fazem apelo a seqüestradores

5 de fevereiro de 2006

Os representantes das quatro maiores associações de muçulmanos na Alemanha apelaram aos seqüestradores de dois alemães no Iraque para que soltem seus reféns.

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Líderes muçulmanos condenam seqüestro no IraqueFoto: AP

Numa mensagem conjunta divulgada neste domingo (05/02), os líderes muçulmanos na Alemanha disseram que o seqüestro "é absurdo, pois os dois engenheiros da Saxônia – Leste alemão – estavam ajudando a economia no Iraque quando foram raptados".

Também o ministro alemão das Relações Exteriores, Frank-Walter Steinmeier, apelou aos seqüestradores para que estabeleçam contato. Um vídeo em que aparecem os reféns e onde os terroristas impõem um ultimato de 72 horas para que a Alemanha suspenda suas atividades no Iraque e rompa relações com Bagdá, divulgado na terça-feira da semana passada, foi o último sinal de vida dos dois alemães. Thomas Nitzschke e René Bräunlich foram seqüestrados em 24 de janeiro último, próximo ao seu local de trabalho, na cidade industrial de Baiji, cerca de 200 km ao norte de Bagdá.

Mütter der im Irak entführten Deutschen
Em mensagem de vídeo, as mães apelaram pela libertação dos filhosFoto: MDR

Na semana passada, as mães de ambos já haviam feito um apelo pela vida de seus filhos, que foi transmitido pela emissora árabe Al Jazira. Um dia depois, a mesma tevê transmitiu uma mensagem semelhante do ministro Steinmeier.

"Thomas Nitzschke e René Bräunlich encontravam-se no Iraque para contribuir com a melhoria das condições de vida dos habitantes do país. A chanceler federal alemã e eu apelamos – também em nome dos alemães – que soltem Thomas Nitzschke e René Bräunlich intactos. Lamentamos não ter conseguido estabelecer contato direto", disse Steinmeier, em seu apelo, gravado pela rede de televisão alemã ZDF e transmitido pela Al Jazira.

A força-tarefa que acompanha o caso em Berlim teme que os seqüestradores não tenham interesse em negociar. As tentativas de estabelecer contato através de mediadores teriam fracassado. Tanto o presidente alemão Horst Köhler quanto a chanceler federal Angela Merkel também manifestaram-se preocupados com a situação dos reféns.

A chefe do governo alemão, Angela Merkel, havia negado indiretamente as exigências dos seqüestradores, ao garantir no sábado, que a Alemanha continuará ajudando na reconstrução da democracia no Iraque. Merkel ressaltou que a Alemanha presta "enorme ajuda financeira" ao Iraque e que os policiais iraquianos continuarão sendo treinados fora de seu país por forças de segurança alemãs. Os seqüestradores de dois engenheiros do Leste alemão exigem o rompimento das relações entre Berlim e Bagdá.