Movimento de Greta Thunberg volta às ruas
23 de setembro de 2022Dezenas de milhares de jovens saíram às ruas de várias cidades do mundo nesta sexta-feira (23/09) para novos protestos climáticos convocados pelo movimento Fridays for Future (Greve pelo Futuro), criado por iniciativa da ativista sueca Greta Thunberg.
O objetivo é chamar a atenção para os efeitos do aquecimento global e exigir mais apoio para os países pobres atingidos pelas mudanças climáticas.
Os manifestantes saíram às ruas de metrópoles como Berlim, Lisboa, Jacarta, Nova Delhi e Tóquio, com cartazes e faixas exibindo dizeres como "estamos preocupados com a crise climática" e "ainda não é tarde demais".
Na Alemanha, manifestações ocorreram em 270 localidades, com a participação de 280 mil pessoas, segundo os organizadores.
Em Berlim, segundo a polícia, mais de 36 mil pessoas se reuniram no Invalidenpark para apelar ao governo alemão que estabeleça um fundo de 100 bilhões de euros para combater as mudanças climáticas. Milhares de pessoas também participaram de protestos em Hamburgo e outras grandes cidades do país.
Foi a 11ª convocação da organização para um protesto global desde sua fundação, em 2018.
"Aqueles que pensam que não há saída ficam desesperados. Aqueles que sabem que há outro caminho podem seguir em frente e agir. Nós temos o conhecimento, então comecemos", disse em Berlim Lisa Neubauer, líder do grupo Fridays for Future na Alemanha.
"Nossa mensagem nas ruas é clara: sabemos que existem saídas sustentáveis, rápidas e solidárias para fora da crise. Nós as exigimos e estamos prontos para lutar por elas", disse Neubauer.
Justiça climática
O movimento Fridays for Future foi criado por iniciativa de Greta Thunberg, que começou protestando sozinha em frente ao Parlamento da Suécia, em 2018.
No âmbito da iniciativa, que acaba reunindo também outros cidadãos, jovens faltam às aulas em algumas sexta-feiras para se manifestar. Durante a pandemia de covid-19, o movimento permaneceu ativo de forma online.
"Estamos em greve em todo o mundo porque os governos não podem continuam fazendo tão pouco pela justiça climática", disse Darya Sotoodeh, uma das porta-vozes do grupo na Alemanha. "Pessoas em todo o mundo estão sofrendo com esta crise e vai piorar se não agirmos a tempo", afirmou.
le/lf (Lusa, DPA, ots)