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Morre Sergio Marchionne, que salvou a Fiat

25 de julho de 2018

Morte repentina do executivo tido como visionário é considerada por muitos como o fim de uma era. Ele foi o principal responsável por restruturar a companhia e evitar sua falência.

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O executivo ítalo-canadense liderou a montadora ao longo de 14 anos
O executivo ítalo-canadense liderou a montadora ao longo de 14 anosFoto: imago/Insidefoto/S. Zucchi

O líder da montadora Fiat Chrysler, Sergio Marchionne, morreu aos 66 anos na unidade de tratamento intensivo do hospital universitário de Zurique, divulgou a empresa italiana nesta quarta-feira (25/07).

Marchionne estava hospitalizado em estado grave depois de sofrer complicações após uma cirurgia no ombro direito no mês passado. Sua última aparição pública havia sido em 26 de junho, em Roma.

O executivo ítalo-canadense era tido como um visionário por ter reestruturado a companhia dos pés à cabeça desde que assumiu a liderança da Fiat, em 2004.

Marchionne salvou a Fiat da falência, reduziu sua burocracia e a fundiu com a montadora americana Chrysler, tornando o grupo automotivo o sétimo maior do mundo. A série de medidas estratégicas por ele implementadas é considerada uma das maiores reviravoltas da história para uma empresa da indústria automotiva.

Além disso, Marchionne também segmentou a unidade de veículos industriais da companhia em 2011 para criar a CNH Industrial e foi bem-sucedido na separação nos ativos da marca de luxo Ferrari, em janeiro de 2016.

"Nós nos conhecemos em um dos momentos mais sombrios para nossa companhia, e foi seu intelecto, perseverança e liderança que salvaram a Fiat. Ele também conseguiu uma reviravolta marcante com a Chrysler", disse o presidente do conselho administrativo da Fiat Chrysler, John Elkann, no sábado, quando a aposentadoria de Marchionne foi anunciada, um ano antes do esperado, devido às complicações pós-cirúrgicas. A mídia italiana também noticiou que o executivo sofria de câncer de pulmão.

Conhecido como "o administrador de suéter" por sua recusa em vestir ternos, Marchionne era um negociador nato, um workaholic e não tinha medo de encarar sindicatos, analistas do setor, políticos e jornalistas.

Sua morte é vista por muitos na Itália como o fim de uma era. Os membros do Parlamento fizeram um minuto de silêncio em sua honra, seguido de aplausos.

"Obrigado pelo trabalho, o esforço, os resultados. Você espalha o orgulho italiano pelo mundo", disse o ex-primeiro-ministro italiano Paolo Gentioli.

Já o vice-primeiro-ministro Matteo Salvini expressou "respeito por um homem que fez tanto e poderia ter feito tão mais".

Marchionne será substituído no comando da Fiat Chrysler pelo britânico Mike Manley, chefe da marca Jeep. O posto de chefe da Ferrari ficará com Louis Carey Camilleri, presidente-executivo da fabricante de cigarros Philip Morris, patrocinadora da Ferrari há quatro décadas.

PJ/afp/dpa/sid

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