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Morre aos 101 anos a artista plástica Tomie Ohtake

12 de fevereiro de 2015

Chamada de "dama das artes plásticas brasileiras", japonesa naturalizada brasileira é considerada um dos maiores nomes do abstracionismo no país. Suas obras são marcadas por explorar a relação entre forma e cor.

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Foto: Nelson Almeida/AFP/Getty Images

Morreu nesta quinta-feira (12/02), aos 101 anos, a artista plástica brasileira de origem japonesa Tomie Ohtake, um dos maiores nomes do abstracionismo do país. Ela estava internada desde o dia 2 de fevereiro no Hospital Sírio Libanês, em São Paulo, com pneumonia.

Ohtake construiu ao longo dos últimos 50 anos uma carreira consagrada, que lhe rendeu a alcunha de "dama das artes plásticas brasileiras". A artista nasceu em 21 de novembro de 1913 em Kioto, no Japão, e chegou ao Brasil em 1936 com a família, que fixou residência em São Paulo.

Ela só começou a estudar pintura aos 39 anos, período no qual foi aluna do japonês Keisuke Sugano. Ao longo de meio século, se tornou uma das principais representantes das artes plásticas brasileiras. Além de pintura, ela fazia gravuras e também esculturas de grandes dimensões.

Ohtake despontou na cena artística brasileira nos anos 1960, no momento em que o abstracionismo geométrico chegava a seu auge. Foi nessa época que ela realizou uma de suas séries mais famosas, as "Pinturas Cegas", telas que pintou vendada, como forma de criticar o que considerada um racionalismo exagerado do período.

Suas obras, que destacam a geometria e a cor, foram exibidas em vários países, inclusive no Museu de Arte das Américas, nos Estados Unidos. Além disso, 27 trabalhos de Ohtake fazem parte da paisagem urbana de algumas cidades brasileiras. Quatro painéis da artista, por exemplo, estão na estação Consolação do metrô de São Paulo.

Ela será velada no Instituto Tomie Ohtake, em São Paulo, nesta sexta-feira. Depois, em cerimônia fechada para a família, será cremada.

CN/dpa/abr