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Ministros pedem observação do cessar-fogo na Ucrânia

14 de abril de 2015

Representantes de Alemanha, França, Rússia e Ucrânia defendem manutenção do cessar-fogo, enquanto hostilidades entre separatistas e forças do governo se acentuam no leste ucraniano.

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Foto: AFP/Getty Images/C. Bilan

Os ministros do Exterior de Alemanha, França, Rússia e Ucrânia pediram nesta segunda-feira (13/04), em declaração conjunta, o fim das contínuas hostilidades entre separatistas pró-Moscou e forças do governo no leste ucraniano.

O ministro alemão, Frank-Walter Steinmeier, afirmou que as quatro horas de conversações foram "às vezes controversas", mas, ao fim, todos os participantes concordaram que não há alternativas ao acordo de Minsk, assinado em fevereiro e que estabeleceu um cessar-fogo na região.

"Precisamos assegurar que a adesão ao cessar-fogo seja mais forte, do modo mais completo possível", afirmou Steinmeier.

As conversas ocorreram após um acentuado aumento das hostilidades no leste ucraniano, no último fim de semana. Na segunda-feira, um soldado ucraniano foi morto e seis rebeldes ficaram feridos em combates no território controlado pelos separatistas.

Em Kiev, o porta-voz do Conselho de Segurança da Ucrânia, Oleksandr Motuzyanyk, acusou os separatistas de violações do cessar-fogo, afirmando que posições do governo teriam sido atacadas com artilharia pesada. Os separatistas teriam realizado mais de 20 ataques com armas de grosso calibre e tanques, denunciou o porta-voz.

Apoio à OSCE

O ministro alemão ressaltou que todas as partes concordaram em levar adiante a retirada de armamentos pesados das frentes de batalha, estendendo a remoção também a outras categorias de armas, como tanques, veículos armados e outros armamentos pesados abaixo do calibre de 10 milímetros.

Os ministros também ressaltaram o apoio à Organização para a Segurança e Cooperação na Europa (OSCE), que monitora a implementação do cessar-fogo, com o envio de recursos e de pessoal nas próximas semanas.

Eles também concordaram com a continuidade das trocas de prisioneiros, além de estabelecer quatro grupos de trabalho para lidar com as políticas humanitárias, econômicas e de segurança na região.

Steinmeier ressaltou que o acordo de Minsk foi além de um pacto de cessar-fogo, e deve abrir caminho para a realização de eleições nos territórios controlados pelos rebeldes. "Se esse processo não for adiante, o acordo de Minsk poderá sair de vez dos trilhos. Todas as partes querem evitar isso", alertou.

A reunião dos ministros do Exterior nesta segunda-feira foi a quinta rodada de conversações em Berlim nos últimos meses, com o objetivo de analisar o progresso da implementação do acordo de Minsk.

RC/rtr/dpa