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Milícias podem estar envolvidas na morte de Marielle

16 de abril de 2018

Ministro Raul Jungmann afirma que investigações estão "afunilando" e que possibilidade de envolvimento de milícias no assassinato da vereadora ganha força.

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Marielle Franco
Marielle trabalhou na CPI das Milícias em 2008Foto: CMRJ/Renan Olaz

O ministro da Segurança Pública, Raul Jungmann, afirmou nesta segunda-feira (16/04) que as investigações sobre o assassinato da vereadora Marielle Franco (PSOL) e do motorista Anderson Gomes apontam para o envolvimento de milícias.

"As investigações avançam. Estão partindo de um grande conjunto de hipóteses e afunilando. E uma das possibilidades que têm crescido é que seja um crime ligado às milícias", afirmou Jungmann, durante um evento no Rio de Janeiro.

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O ministro não deu detalhes sobre os indícios que apontariam para essa hipótese e também não descartou o envolvimento de vereadores no crime. "Acho que não podemos descartar nada. Sobretudo se existem áudios, se existem informações que possam levar a qualquer responsabilização", acrescentou.

Marielle trabalhou em 2008 na CPI das Milícias, realizada pela Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro. O relatório final da investigação pediu o indiciamento de 225 pessoas, entre elas políticos, policiais, agentes penitenciários e bombeiros.

O assassinato de Marielle e Anderson completou um mês no sábado. Eles foram mortos ao sair de um evento na Lapa. O carro onde estavam foi baleado 13 vezes. O caso, que levou multidões às ruas no mundo todo para manifestar solidariedade e cobrar explicações, é tratado com absoluto sigilo pelos investigadores.

Além de defender os direitos das mulheres e a inclusão social, Marielle criticava também a violência policial.

CN/abr/ots

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