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Ministro alemão diz que vídeo anti-Islã não tem nada a ver com o Ocidente

17 de setembro de 2012

O vídeo ofensivo a Maomé, que provocou protestos por todo o mundo árabe, não é justificativa para a violência, disse ainda o ministro alemão do Exterior, Guido Westerwelle, em entrevista à Deutsche Welle.

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Foto: dapd

Deutsche Welle: O que o Sr. diria às pessoas no mundo árabe que se sentiram ofendidas – com ou sem razão – por causa do vídeo? Qual a sua mensagem para essas pessoas?

Guido Westerwelle: O vídeo é infame e não tem nada a ver com nós, alemães, ou também com nós, as democracias ocidentais. Somos um país que busca a pluralidade religiosa e vive a tolerância. Mas também este vídeo não é, de forma alguma, uma justificativa para a violência.

O que vemos nos protestos é realmente a chamada "ira popular" ou há alguém insuflando os protestos?

Acredito que só vamos saber disso quando houver um certo distanciamento. Uma parte certamente é orquestrada; outra parte, espontânea. Mas uma coisa é certa: a maioria das pessoas nos países em questão protesta de forma pacífica e não é a favor da violência.

O que se pode fazer para impedir vídeos ofensivos como este? O que está na internet não pode mais ser retirado, nem mesmo judicialmente, pelas leis alemãs?

É importante decidir também, por exemplo, que não vamos deixar certos semeadores do ódio entrar no nosso país. Esse é um sinal que enviamos ao mundo. Que nós reiteradamente deixamos claro que a ofensa a outras religiões, destinada a minar a paz pública, é punível entre nós. E há determinados motivos para que seja assim. E eu espero que o mesmo respeito manifestado diante de outras religiões seja manifestado diante dos muçulmanos e das pessoas que professam a fé islâmica. Isso é muito importante, no meu entendimento.

O que se pode fazer para proteger embaixadas e instituições alemãs nos países afetados?

Estamos intensificando as medidas de segurança necessárias, mas peço sua compreensão pelo fato de eu não poder divulgar nenhum detalhe, por questão de segurança.

Não há nada que se possa fazer de forma preventiva? Não se pode evitar que isso ocorra novamente?

Fizemos tudo o que poderíamos ter feito. Não posso entrar em detalhes, não quero tornar públicas as medidas que já foram tomadas.

Entrevista: Bernd Riegert (mas)
Revisão: Carlos Albuquerque