Metade dos alemães quer saída antecipada de Merkel
27 de dezembro de 2017As dificuldades para formar uma coalizão de governo na Alemanha parecem ter abalado o apoio à chanceler federal do país, Angela Merkel. Segundo uma pesquisa de opinião divulgada nesta quarta-feira (27/12), quase metade dos alemães é a favor de que Merkel deixe seu posto antes do tempo.
De acordo com a enquete, encomendada pela agência de notícias dpa e realizada pelo instituto de opinião YouGov, 47% dos entrevistados deseja que a presidente da União Democrata Cristã (CDU) deixe o cargo de chanceler federal antes de 2012, quando termina a legislatura. Outros 36% querem vê-la à frente do governo por mais quatro anos.
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Pouco depois das eleições do último dia 24 de setembro, o apoio a Merkel era notavelmente maior. Na pesquisa feita pelo YouGov no início de outubro, 36% se posicionaram a favor de uma saída antecipada da chanceler federal, enquanto 44% queriam que ela permanecesse até 2021.
Entre os eleitores conservadores, no entanto, o apoio a Merkel foi mantido. Somente 17% deles quer que ela deixe o cargo antes do tempo, e 75% defendem que ela comande o governo por outros quatro anos.
Reedição da "grande coalizão"?
No poder há 12 anos, Merkel e seu partido, a CDU, estão enfraquecidos, após perderem terreno para os populistas na eleição de setembro e depois do fracasso na negociação de uma tríplice aliança, com verdes e liberais, em novembro. Por isso, a chanceler deposita toda a sua esperança no SPD para evitar novas eleições.
Inicialmente, os social-democratas haviam prometido ir para a oposição depois do revés na eleição, mas em meados de dezembro foram convencidos a iniciar sondagens sobre a possibilidade de formar o próximo governo alemão. Em 7 de janeiro terá início a próxima rodada de conversas entre o SPD e os conservadores da CDU e do partido-irmão União Social Cristã (CSU).
De acordo com a pesquisa do YouGov, 41% dos entrevistados acredita que haverá uma reedição da grande coalizão entre conservados e social-democratas, 13% preveem um governo de minoria, e 24% apostam em novas eleições.
Se houvesse uma eleição direta para chanceler federal, 47% optariam por Merkel, enquanto 19% escolheriam Martin Schulz, líder do SPD.
LPF/dpa/rtr
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