Echo Klassik
17 de outubro de 2010O prêmio Echo Klassik foi entregue neste domingo (17/10) na Filarmônica de Essen, no oeste alemão, a músicos importantes do cenário da música erudita internacional. Entre os agraciados estiveram a meio-soprano estadunidense Joyce DiDonato e o pianista chinês Lang Lang. O prêmio pelo conjunto da obra foi, este ano, para o regente natural da Alemanha Oriental Kurt Masur, de 83 anos.
O Echo é considerado o mais importante prêmio do setor erudito. Concedido desde 1994 pela Deutsche Phono-Akademie e pela Confederação da Indústria Musical Alemã (BVMI), ele comporta atualmente 59 categorias.
Novas e antigas estrelas
Ao lado de DiDonato, laureada por sua interpretação das óperas de Gioacchino Rossini, o tenor alemão Jonas Kaufmann recebeu das mãos do cantor pop Sting o prêmio de "Melhor cantor do ano". Seu álbum mais recente, Sehnsucht, contém canções de Mozart, Beethoven, Schubert e Wagner.
Paavo Järvi foi designado melhor regente de 2010. O estoniano-americano dirige tanto a Deutsche Kammerphilharmonie Bremen quanto a Orquestra da Rádio de Frankfurt. Dirigido por Jörg Straube, o Nordeutscher Figuralchor conquistou o Echo como "Melhor conjunto vocal", o quarto desde a fundação do coro, em 1981.
As pianistas Olga Scheps e Alice Sara Ott foram escolhidas como "Artistas-revelação do ano". Radicadas na Alemanha, elas têm pouco mais de 20 anos e são, respectivamente, de origem russa e japonesa. O Quarteto Fauré venceu na categoria "Clássico sem fronteiras", e o acessível álbum Classic Romance, do violinista teuto-americano David Garrett, foi o "Best-seller do ano".
Masur aclamado
Além de maestro titular da Orquestra da Gewandhaus de Leipzig, Kurt Masur dirigiu algumas das principais orquestras do mundo, como a New York Philharmonic Orchestra, a London Philharmonic Orchestra e a Orchestre National de France.
Ao lado da atividade de regente, que lhe valeu o Echo Klassik 2010 pelo conjunto de sua obra, ele teve importante atuação política na República Democrática Alemã sob regime comunista. Em 1989-90 empenhou-se, na iniciativa "Sem violência", por um desenrolar pacífico dos Protestos de Segunda-Feira e pela reunificação do país.
AV/epd/dpa
Revisão: Roselaine Wandscheer