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Maior bordel da Europa abre falência devido a pandemia

3 de setembro de 2020

Pascha, na cidade alemã de Colônia, teve que ficar fechado por cinco meses devido à pandemia. Mais de 100 prostitutas trabalhavam na casa.

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Prédio abriga bordel Pascha, visto de baixo
Prédio em Colônia que abriga o bordelFoto: picture-alliance/dpa/H. Kaiser

O maior bordel da Europa, localizado na cidade alemã de Colônia, foi forçado a declarar falência após cinco meses sem atividade devido à pandemia de coronavírus.

"De certa forma é inimaginável, mas eu tive que pedir a suspensão dos pagamentos à Justiça na terça-feira. Estamos acabados", confirmou o gerente do bordel Pascha, Armin Lobscheid, em declarações ao jornal local Express nesta quinta-feira (03/09).

O bordel, onde trabalhavam 120 prostitutas, ficou sem fundos para pagar o prédio de dez andares e seus outros 60 funcionários, entre massagistas, pessoal de limpeza e segurança.

Lobscheid criticou as autoridades pela falta de clareza em relação a uma possível retomada do negócio – as atividades de prostituição foram proibidas na Alemanha devido à pandemia, sem previsão de volta.

"Talvez pudéssemos ter evitado a insolvência com a ajuda dos bancos, se tivessem confirmado que poderíamos retomar os negócios no início do próximo ano", disse. Ele também advertiu que "todos na indústria sabem" que o negócio do sexo ainda está ativo, mas no anonimato e sem contribuir para os cofres públicos.

Segundo Lobscheid, a situação coloca em perigo as prostitutas porque, como a demanda continua, elas agora se encontram com clientes em hotéis, apartamentos e carros.

"Elas não têm mais proteção e estão expostas à falta de defesa contra cafetões e clientes, já que dificilmente podem ir à polícia se algo acontecer. Os clientes sabem disso e as obrigam, por exemplo, a fazer sexo sem preservativo."

O que o proprietário do edifício fará está em aberto, já que o imóvel sempre abrigou um bordel. É improvável que seja autorizado para uso como hotel ou centro de recepção de refugiados, como foi sugerido, pois isso exigiria uma reforma completa.

RPR/efe/ots