Líderes da UE indicam ministra alemã para Comissão Europeia
2 de julho de 2019Os membros do Conselho Europeu indicaram nesta terça-feira (02/07) o nome da ministra da Defesa da Alemanha, Ursula von der Leyen, para presidir a Comissão Europeia, o braço executivo da UE, após a saída do luxemburguês Jean-Claude Juncker, prevista para o fim de outubro.
O Conselho Europeu reúne os 28 chefes de governo de todos os Estados-membros da UE mais os presidentes da Comissão Europeia e do próprio órgão, um posto atualmente ocupado pelo polonês Donald Tusk.
Uma aliada da chanceler federal da Alemanha, Angela Merkel, e filiada à União Democrata Cristã (CDU), von der Leyen chefia a pasta da Defesa do país desde 2013 e chegou a ser encarada como uma potencial sucessora da chefe de governo.
Caso seu nome seja aprovado pelo deputados do Parlamento Europeu, von der Leyen será a primeira mulher a chefiar o executivo da UE, além de a primeira pessoa de nacionalidade alemã a ocupar o posto desde 1967, época em que o bloco ainda era conhecido como Comunidade Econômica Europeia. A política já havia sido a primeira mulher a comandar o Ministério da Defesa da Alemanha desde a sua criação, nos anos 1950.
No cargo de presidente da comissão, von der Leyen terá que lidar com vários temas que vêm provocando pressão sobre o bloco, especialmente a saída do Reino Unido.
Além da alemã, os membros do Conselho Europeu indicaram o atual primeiro-ministro da Bélgica, Charles Michel, para substituir Tusk na presidência do órgão. Nesse caso, a indicação não precisa de validação do Parlamento Europeu.
Já a presidente do Fundo Monetário Internacional (FMI), a francesa Christine Lagarde, foi indicada para chefiar o Banco Central Europeu (BCE). Caso confirmada, ela também será a primeira mulher a ocupar o cargo.
Por fim, o ministro das Relações Exteriores da Espanha, Josep Borrell Fontelles, foi indicado para o cargo de Alto Representante da União para os Negócios Estrangeiros e a Política de Segurança, atualmente ocupado pela italiana Federica Mogherini. Os dois postos também precisam de aprovação do Parlamento.
Após o anúncio, a chanceler Merkel disse que a indicação de von der Leyen foi unânime entre os líderes europeus, salvo por uma abstenção – do próprio governo alemão.
O primeiro-ministro irlandês, Leo Varadkar, disse que a nomeação de duas mulheres para postos importantes enviou uma mensagem poderosa de que a UE está liderando o caminho para a igualdade de gênero.
JPS/dpa/ots
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