1. Pular para o conteúdo
  2. Pular para o menu principal
  3. Ver mais sites da DW

Líderes mundiais vivem menos, diz estudo

15 de dezembro de 2015

Estresse de ocupar o cargo mais alto de um país pode acabar reduzindo em três anos a vida de um político. Entre os motivos estariam a má alimentação e falta de exercícios físicos.

https://p.dw.com/p/1HNoT
Frankreich Paris Klimagipfel COP 21 Obama mit Hollande​, Trudeau und Bill Gates
Foto: DW/N. Pontes

Estar à frente de um país é um privilégio, mas essa honra tem seu preço: segundo estudo divulgado nesta terça-feira (15/12) pelo British Medical Journal, líderes devem esperar que o estresse derivado do trabalho reduza sua expectativa de vida em pelo menos três anos.

Segundo o principal autor do estudo, Anupam Jena, da Escola de Medicina de Harvard, os líderes "provavelmente sentem que as prioridades nacionais são mais urgentes do que se alimentar e se exercitar". Ele conta que o ex-presidente americano Bill Clinton, por exemplo, tinha uma fraqueza por fast-food, um sintoma de "estresse alimentar".

Clinton apresentou alguns problemas de saúde após deixar a presidência. Teve que passar por uma cirurgia de revascularização em 2004, seguida de outra em 2005 em razão de um pulmão em colapso parcial. Desde então, ele aderiu a uma dieta vegetariana.

"Talvez se houvesse a paz mundial, seu estilo de vida teria sido diferente", brinca Jena.

O estudo analisou a vida de 279 líderes e as comparou a 261 de seus concorrentes derrotados nas eleições. Os médicos observaram dados de 17 países, incluindo Estados Unidos, Alemanha, França, Canadá e Reino Unido.

A pesquisa vai de encontro a estudos anteriores, que afirmavam que os líderes com frequência vivem mais do que seus eleitores, em razão dos rendimentos mais altos e do acesso a melhores cuidados médicos.

Jena admite que um líder como o primeiro-ministro canadense, Justin Trudeau, que pratica atividades esportivas, poderá estar em melhor condição do que seus colegas. "Alguém como ele, que está em forma, pode estar numa melhor posição inicial do que os outros", afirmou. "Esses anos poderão lhe fazer bem."

O próprio presidente americano, Barack Obama, recentemente brincou com Trudeau, dizendo que o canadense deveria começar logo a pintar os cabelos, já que o trabalho de chefe de governo o tornaria grisalho de qualquer forma.

RC/ap/afp