Israel adota medidas contra extremismo judaico
3 de agosto de 2015O governo de Israel aprovou a realização de interrogatórios mais duros a israelenses suspeitos de envolvimento com terrorismo, afirmou o ministro de Segurança Interior, Gilad Erdan, nesta segunda-feira (03/08).
O anúncio foi feito um dia depois de o governo aprovar a expansão da "detenção administrativa", ou seja, a prisão sem autorização judicial, de cidadãos israelenses suspeitos de cometer violência contra palestinos, visando capturar os autores do incêndio criminoso que matou um bebê na Cisjordânia.
"Nós estamos determinados a lutar vigorosamente contra manifestações de ódio, fanatismo e terrorismo de todos os lados", afirmou o primeiro-ministro Benjamim Netanyahu.
Desde o atentado, o gabinete de segurança está sob pressão para reprimir a violência de extremistas judeus contra palestinos. As autoridades ordenaram que todos os passos necessários sejam tomados para "levar os responsáveis à Justiça e prevenir a repetição de ataques como esse no futuro".
A chamada "detenção administrativa" era uma prática reservada para palestinos suspeitos de terrorismo. Ela permite que os suspeitos sejam detidos por tempo indeterminado sem uma acusação formal. A medida é condenada internacionalmente. De acordo com um grupo de direitos humanos israelense, há 391 palestinos detidos desde maio dentro desse contexto.
Nenhum grupo assumiu a autoria do ataque na Cisjordânia e também ainda não houve detenções de suspeitos de envolvimento no atentado. Segundo militares israelenses, os suspeitos entraram no vilarejo, nas proximidades de Nablus, atearam fogo em residências e picharam em hebraico frases como "vida longa ao Messias" e "vingança".
CN/rtr/afp