Identificado autor de atentado na Tunísia
17 de abril de 2002O esclarecimento foi feito pelo Ministério de Relações Exteriores em Paris, nesta quinta-feira (17), baseado em informações das autoridades da Tunísia. O presidente francês, Jacques Chirac, ponderou, todavia, que ainda não há provas de atentado. Na explosão morreram 15 pessoas, entre elas 10 turistas alemães.
Em Berlim, o ministro alemão do Interior, Otto Schily, disse não excluir que a explosão no paraíso de férias tenha sido obra da organização Al Qaeda do terrorista Osama Bin Laden. Ele desmentiu, todavia, uma notícia do jornal popular alemão Bild de que o atentado teria sido planejado contra turistas alemães. Há evidências de uma vingança pela ofensiva militar de Israel nos territórios palestinos.
A polícia federal alemã mandou sete agentes seus para investigar o caso na Tunísia e o ministro do Interior anunciou que vai lá nos próximos dias para se informar sobre as investigações. O porta-voz do governo alemão, Uwe-Karsten Heye, por sua vez, confirmou que o governo tunisiano comunicou que mandara investigar em todos as direções.
Significa que a Tunísia desistiu da versão que sustentara inicialmente de que a explosão teria sido um acidente, por temer prejuízos com o turismo, que é a maior fonte de divisas do país. A suspeita foi reforçada com a pintura na parte externa da sinagoga a mando do o governo, provavelmente para apagar vestígios.
Na Alemanha foram detidos, por algumas horas, dois suspeitos de terem contato com o suposto autor do atentado. Um deles teria conversado poucas horas antes da explosão, ao telefone, com o motorista do caminhão. Este teria sido finalmente identificado entre os mortos, pelas autoridades da Tunísia, como sendo um tunisiano de 25 anos de idade de nome Nazir Naour. Segundo o seu irmão que mora na França, ele trabalhava em Djerba para uma agência de turismo canadense e era muçulmano, mas não praticava a religião.
A família de Nazir ainda não havia recebido confirmação oficial até a tarde de quarta-feira sobre a morte dele na explosão do caminhão na frente na sinagoga mais antiga da África ou que tenha sido assassinado.