Em 1989, após 29 anos sem eleições democráticas, os brasileiros voltaram a escolher seu presidente por voto direto: 22 candidatos se apresentaram - o número nunca foi igualado. A eleição também foi avulsa, apenas para presidente. A escolha de novos governadores, deputados e senadores ficou para o ano seguinte. Após um segundo turno acirrado, Fernando Collor foi eleito. Com 40 anos, Collor foi o presidente mais jovem da história do Brasil.
Em 1994, o pleito presidencial passou a coincidir com as eleições legislativas. Os partidos passaram a valorizar alianças e o número de candidatos caiu. Fernando Henrique Cardoso foi eleito no 1° turno. A partir daí, as eleições presidenciais passaram a ser marcadas pela polarização entre PT e PSDB.
Durante o governo FHC foi aprovada a emenda da reeleição: ela permitiu que presidente, governadores e prefeitos concorressem a mais um mandato consecutivo. Em 98, FHC foi reeleito. Os anos 90 também marcam o início da fragmentação do Congresso. Em 94, 19 partidos elegeram deputados federais. Em 2015, a Câmara já tinha representantes de 28 partidos.
Neste período, o processo eleitoral se modernizou. Nas eleições municipais de 2000, o voto eletrônico foi usado em todo o território nacional. Em 2002, Lula foi eleito presidente após três derrotas eleitorais. A vitória dele marcaria o início de 13 anos de hegemonia do PT na Presidência. Em 2006, Lula foi reeleito. Quatro anos depois, Dilma Rousseff, apadrinhada de Lula, se tornou a primeira mulher eleita presidente. Em 2014, Dilma foi reeleita em uma disputa acirrada com o tucano Aécio Neves.
O pleito de 2014 também foi o mais caro da história. Candidatos à Presidência, governos e ao Congresso gastaram cinco bilhões de reais. Em 2018, 13 candidatos vão disputar a Presidência e desta vez as doações por empresas estão proibidas.