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CriminalidadeRússia

Hackers russos atacaram laboratórios nucleares dos EUA

7 de janeiro de 2023

Grupo Cold River tentou invadir sistema informático de unidades de pesquisa nuclear americanas em 2022, noticia agência. Hackers são notórios por diversos ataques de alta projeção e apoiam serviços secretos do Kremlin.

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Tela de laptop povoada de números e letras
Foto: Jochen Tack/IMAGO

Uma equipe de hackers russos conhecida como Cold River atacou em meados de 2022 três importantes laboratórios de pesquisa nuclear dos Estados Unidos, noticiou a agência de notícias Reuters nesta sexta-feira (06/01), baseada em dados de cinco especialistas em cibersegurança.

Os alvos foram os laboratórios nacionais Argonne, Brookhaven e Lawrence Livermore. Registros online revelam tentativas do grupo para criar páginas de log-in falsas. Além disso, enviou e-mails fraudulentos a cientistas nucleares, a fim de convencê-los a revelarem suas senhas.

Não há informações sobre se alguma das investidas teve sucesso. Porta-vozes de Brookhaven e Lawrence Livermore recusaram-se a comentar, enquanto o do Argonne National Laboratory sugeriu dirigir as perguntas ao Departamento de Energia dos EUA. Este, por sua vez, declinou de comentar.

Cold River é "um dos mais importantes grupos de hackers"

O grupo Cold River despontou no radar dos serviços secretos ocidentais em 2016, ao tentar penetrar no sistema informático do Ministério do Exterior britânico. Segundo informações de nove firmas de cibersegurança à Reuters, nos últimos anos os hackers russos estiveram envolvidos em diversos de casos hacking em alta escala.

Rússia ataca também com hackers e fake news

Os cibercriminosos intensificaram suas campanhas de hacking contra os aliados ocidentais da Ucrânia desde o início da invasão do país pela Rússia, em 24 de fevereiro de 2022. Entre seus alvos, estiveram a Polônia e a Letônia, assim como três ONGs europeias que investigavam crimes de guerra. Além disso, em maio último vazaram e-mails de um ex-chefe da MI6, a agência de informações estrangeiras do Reino Unido.

Segundo o vice-presidente da firma americana de cibersegurança CrowdStrike, Adam Meyer, o Cold River é "um dos mais importantes grupos de hackers de que já se ouviu falar", e esteve "envolvido em apoiar diretamente as operações de informações do Kremlin".

Os ciberataques aos laboratórios nucleares americanos coincidiram com a expedição de peritos das Nações Unidas para inspecionar a usina nuclear ucraniana de Zaporíjia. A finalidade da missão era avaliar eventuais vazamentos radioativos resultantes de um acidente causado por um bombardeio russo nas cercanias.

av (Reuters,ots)