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Grécia dá largada a programa de realocação de refugiados

4 de novembro de 2015

Primeiros migrantes são transportados de Atenas a Luxemburgo. No total, 160 mil requerentes de asilo devem ser redistribuídos pela UE. Presidente do Conselho Europeu defende controle de fronteiras externas.

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Refugiados na fila para o registro de pedidos de asilo em AtenasFoto: picture-alliance/dpa/EPA/O. Panagiotou

Atenas implementou nesta quarta-feira (04/11) a primeira rodada do programa da União Europeia (UE) de realocação de refugiados, com o objetivo de aliviar a situação nos países de entrada no continente, como Grécia e Itália. Cerca de 30 sírios e iraquianos embarcaram num avião com destino a Luxemburgo.

O programa da UE visa transferir cerca de 160 mil requerentes de asilos de países sobrecarregados com o afluxo migratório. A primeira leva de migrantes a serem realocados posou para uma foto com o primeiro-ministro grego, Alexis Tsipras, e o ministro do Exterior de Luxemburgo, Jean Asselborn, antes de embarcar no aeroporto internacional de Atenas.

A UE travou intensos debates para chegar a um plano de ação em resposta ao maior afluxo migratório desde a Segunda Guerra Mundial. O programa de realocação – que deve durar dois anos e custar 780 milhões de euros – foi aprovado em setembro, apesar da oposição de países como Hungria e República Tcheca, que reintroduziram controles de fronteira para barrar refugiados.

Em outubro, a Suécia se tornou o primeiro país a receber migrantes pelo programa, dando as boas-vindas a 19 cidadãos da Eritreia que haviam chegado à Itália pelo Mar Mediterrâneo.

De acordo com a Organização Internacional para a Migração (OIM), mais de 500 mil refugiados do Oriente Médio, da Ásia e da África cruzaram o Mediterrâneo com destino à Europa em 2015.

Fronteiras externas

Para o presidente do Conselho Europeu, Donald Tusk, a UE precisa fazer todo o possível para manter o espaço Schengen, de livre circulação, intacto.

"A única maneira de não desmantelar Schengen é assegurar a admistração adequada das fronteiras externas da UE", disse Tusk nesta quarta-feira. "Qualquer iniciativa que possa levar ao restabelecimento de fronteiras dentro do espaço Schengen deve ser impedida. Se quisermos evitar o pior, devemos acelerar nossas ações."

Líderes da UE e da África irão se reunir no dia 9 de novembro para discutir controles migratórios, e Tusk convocou um encontro informal entre chefes de Estado do bloco europeu para 12 de novembro.

Em seu convite, publicado nesta terça-feira, o presidente do Conselho Europeu disse que a situação migratória ainda está muito grave, ressaltando o recorde de 218 mil refugiados que cruzaram o Mediterrâneo em outubro.

Tusk afirmou que os chefes de Estado da UE irão avaliar a implementação das medidas decididas até o momento, incluindo uma maior cooperação com países de fora do bloco, como a Turquia, e o reforço da capacidade de receber migrantes e do controle das fronteiras externas.

LPF/rtr/ap