Greta sugere protestos digitais devido a coronavírus
12 de março de 2020A ambientalista sueca Greta Thunberg pediu que os próximos protestos em alerta aos perigos das mudanças climáticas sejam digitais, e não demostrações públicas como de costume. Pelo Twitter, ela escreveu nesta quarta-feira (11/03) aos seus mais de 4 milhões de seguidores que evitem aglomerações de pessoas, respeitando orientação dos especialistas em saúde para tentar conter a disseminação do coronavírus.
Desde 2018, Greta, hoje com 17 anos, inspirou milhões de jovens em todo o mundo a saírem da escola e irem às ruas às sextas-feiras protestar em favor do clima, no movimento chamado "Fridays for Future”. Agora, com o coronavírus, ela sugere que nas próximas semanas o movimento mude de estratégia e pede que os ativistas postem fotos na internet com seus cartazes usando hashtags como #DigitalStrike e #ClimateStrikeOnline.
"Nós, jovens, somos os menos afetados por esse vírus, mas é essencial que ajamos em solidariedade aos mais vulneráveis e pelo melhor interesse de nossa sociedade comum", escreveu ela na rede social.
Greta também acrescentou que "a crise climática e ecológica é a maior crise que a humanidade já enfrentou, mas por enquanto (é claro, dependendo de onde você mora), teremos que encontrar novas maneiras de criar conscientização pública e advogar por mudanças que não envolvam grandes multidões".
Na semana passada, Greta criticou duramente o projeto de lei apresentado pela Comissão Europeia para alcançar a neutralidade de carbono até 2050. Ela acusou a UE de "fingir" querer ocupar posição de vanguarda mundial na proteção do clima. A adolescente disse que, apesar de "desconsiderar" a ciência, a UE tem esperança de que seu plano "resolverá, de alguma forma, a maior crise que a humanidade já enfrentou".
LE/dw/afp
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