Governo reduz previsão do crescimento do PIB em 2018

O Ministério do Planejamento informou nesta quinta-feira (21/11) que reduziu de 1,6% para 1,4% a expectativa de crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) – a soma de todos os bens e serviços produzidos no país – em 2018. A projeção está no Relatório de Despesas e Receitas do quinto bimestre (setembro e outubro). Além disso, o governo revisou de 4,1% para 4,3% a projeção de inflação deste ano.

No início do ano, a expectativa de crescimento da economia era de quase 3%, mas ela caiu ao longo dos últimos meses. Em dezembro de 2017, por exemplo, o Banco Central havia estimado que o PIB pudesse crescer 2,6% ao longo do ano, mas em junho a expectativa já havia caído para 1,6%.

Em setembro deste ano, o BC também já havia revisado o crescimento do PIB para 1,4%. Agora, o valor do PIB nominal estimado pelo governo é 6,870 trilhões de reais.

No entanto, para o mercado financeiro, o crescimento da economia este ano será 1,36%, um número ainda menor do que o estimado pelo governo. As previsões das instituições financeiras constam do boletim Focus, pesquisa com analistas do mercado divulgada toda semana pelo Banco Central.

Também houve um leve aumento na projeção da inflação para o ano, medida pelo Índice Nacional de Preço ao Consumidor Amplo (IPCA). Em setembro, a inflação estimada pelo governo era de 4,1%. Agora a expectativa é de que a alta nos preços seja de 4,3% em 2018. Para o Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC), usado na fórmula de correção do salário mínimo, a previsão passou de 4,1% para 4,2%.

As estimativas da equipe econômica estão mais pessimistas que as do mercado. Segundo a edição mais recente do boletim Focus, as instituições financeiras preveem que o IPCA feche 2018 em 4,13%.

Documento que orienta a execução do Orçamento, o Relatório de Receitas e Despesas é divulgado a cada dois meses pelo Ministério do Planejamento. O relatório contém estimativas para a economia, as receitas e as despesas, mas as previsões para os indicadores econômicos são de autoria da Secretaria de Política Econômica do Ministério da Fazenda.

JPS/ab/ots

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