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Google homenageia ativista negra Maya Angelou

4 de abril de 2018

No dia em que o mundo lembra a morte de Martin Luther King, doodle dá destaque a mulher que também lutou pelos direitos civis nos Estados Unidos. Nascida há 90 anos, ela se destacou como escritora.

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Doddle Maya Angelous
Foto: www.google.de

O 4 de abril entrou para a história como a data do assassinato de Martin Luther King, ativista de direitos humanos e civis americanos. Nesse dia, em 1968, o racista James Earl Ray atirou em King, que estava na sacada de um hotel em Memphis, Tennessee.

Doddle Maya Angelous
Foto: www.google.de

Contudo, nesta quarta-feira (04/04), o doodle do Google escolheu homenagear uma mulher ativista negra: uma ilustração que retrata Maya Angelou aparece acima da caixa de busca da ferramenta. A americana, que morreu em 2014, completaria 90 anos nesta quarta.

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Marguerite Annie Johnson nasceu em St. Louis, Missouri, EUA. Após ser estuprada pelo namorado da mãe aos sete anos de idade, ela ficou muda por cinco anos e passava os dias lendo. Aos 17, engravidou. Para sustentar o filho, se tornou a primeira mulher e negra a ser motorista de bonde da cidade de São Francisco, Califórnia.

Mas ela nunca abandonou o gosto por ler e escrever e acabou tornou a primeira mulher negra roteirista e diretora em Hollywood. Também trabalhou como atriz, cantora e dançarina em peças teatrais que percorriam os EUA nos anos 50, quando surgiu o pseudônimo Maya Angelou.

Em 1969, publicou seu primeiro livro, I Know Why the Caged Bird Sings, autobiografia pela qual foi indicada para o National Book Award em 1970.

Maya Angelou com o ex-presidente americano Barack Obama, em foto de 2011
Em 2011, o então presidente Barack Obama entregou a Maya Angelou a Medalha Presidencial da LiberdadeFoto: picture-alliance/AP Photo

Angelou também escreveu textos jornalísticos durante período em que viveu na África, se envolveu em movimentos de independência africanos e acabou se tornando uma das ativistas de direitos civis de maior destaque de sua geração.

De volta aos EUA, se tornou amiga pessoal de Martin Luther King e Malcon X. Atuou na luta pelos direitos civis americanos na década de 60 e ajudou a fundar a Organization of African American Unity. Assistiu aos assassinatos dos dois amigos ativistas, tendo King morrido no aniversário de 40 anos de Angelou.

Em reconhecimento ao seu ativismo político ligado aos negros e às mulheres, Angelou foi convidada a recitar um de seus poemas, On the Pulse of Morning, na posse do presidente Bill Clinton, em 1993. 

Em 2011, o então presidente Barack Obama entregou a Maya Angelou a Medalha Presidencial da Liberdade. A poeta e autora foi "uma das luzes mais brilhantes dos nossos tempos", disse Obama na ocasião. 

Já com a saúde debilitada, Angelou morreu em maio de 2014 e deixou como legado palavras como estas: "Aprendi que as pessoas vão esquecer o que você disse, que as pessoas irão esquecer o que você fez, mas que elas nunca esquecerão como você as fez sentir" (And Still I Rise, 1978).

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