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SaúdeFrança

França fecha fronteiras para países de fora da UE

30 de janeiro de 2021

Para tentar evitar entrada de variantes mais contagiosas do coronavírus e terceiro lockdown, governo francês proíbe viagens não essenciais para fora do bloco europeu. Medidas restritivas também são reforçadas.

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Primeiro-ministro francês, Jean Castex
"Nossa obrigação é fazer de tudo para evitar um novo lockdown", disse CastexFoto: Benoit Tessier/POOL/AFP

O governo da França anunciou nesta sexta-feira (29/01) o fechamento das fronteiras para os países de fora da União Europeia (UE) para tentar evitar um terceiro confinamento nacional. A medida visa conter a propagação em território francês de novas variantes mais contagiosas do coronavírus Sars-Cov-2.

A partir da meia-noite de sábado para domingo, será proibido viajar à França saindo de um país de fora UE ou fazer o sentido contrário, a menos que haja um "motivo nobre", afirmou o primeiro-ministro francês, Jean Castex. Até agora, podiam entrar no país os franceses ou estrangeiros com residência no país.

Quanto às viagens de outro país da UE, será obrigatório apresentar um teste com resultado negativo para coronavírus do tipo PCR. Os únicos isentos serão as pessoas que trabalham cruzando a fronteira.

Os deslocamentos entre a França metropolitana e seus territórios ultramarinos nos dois sentidos se limitarão igualmente aos que puderem justificar "motivos nobres".

De acordo com o premiê, "a situação sanitária está melhor controlada na França do que em muitos vizinhos, o que é preocupante". "A progressão das chamadas variantes inglesa e sul-africana representa um grave risco de aceleração da pandemia", comentou Castex.

"Nossa obrigação é fazer de tudo para evitar um novo lockdown. Os próximos dias serão determinantes", ressaltou Castex.

Mais controle e fechamento do comércio

Além da proibição de viagens, a França anunciou ainda o endurecimento de medidas restritivas para conter a pandemia, entre elas o fechamento de centros comerciais com mais de 20 mil metros quadrados e um maior incentivo do trabalho remoto.

O governo reforçará também o controle do recolher obrigatório, que vigora no país entre 18h e 6h. Mais policiais serão destinados a verificar o cumprimento da medida e haverá uma fiscalização maior em restaurantes abertos ilegalmente e festas clandestinas.

Essas decisões foram tomadas numa reunião do Conselho de Defesa convocada no Palácio do Eliseu pelo presidente francês, Emmanuel Macron, que contou com a presença de membros do governo e dos principais conselheiros que ajudam o executivo a tomar decisões durante a pandemia.

"A questão do confinamento se coloca de forma legítima, mas nós conhecemos o impacto pesado que o lockdown tem nos franceses de todos os pontos de vista. Ainda temos uma oportunidade de evitá-lo", ressaltou Castex.

Desde o início da pandemia, a França registrou mais de 3 milhões de casos de covid-19 e a doença já causou mais de 75 mil mortes no país.

Além da França, a Alemanha e Portugal proibiram nesta semana a entrada de viajantes oriundos de países onde têm circulado variantes mais contagiosas do coronavírus, incluindo o Brasil. Uma cepa preocupante do coronavírus foi identificada neste mês em pessoas que estiveram no estado do Amazonas e tem sido associada à alta de casos de covid-19 em Manaus.

cn (Reuters, EFE, APF, Lusa)