Filme francês "La vie d'Adèle" ganha Palma de Ouro em Cannes
26 de maio de 2013De acordo com as mensagens e fotos postadas no Twitter do presidente do Festival de Cinema de Cannes, Gilles Jacob, o júri presidido pelo cineasta Steven Spielberg não precisou de muito tempo para entrar em acordo neste domingo (26/05) sobre os vencedores do maior e mais renomado festival de cinema do mundo.
A cobiçada Palma de Ouro, o maior prêmio do Festival de Cannes, foi dada este ano para um filme sobre a história de amor de duas jovens mulheres: La vie d'Adèle, dirigido pelo cineasta franco-tunisiano Abdellatif Kechiche.
O Grande Prêmio do Júri foi para outro grande favorito, o filme dos irmãos norte-americanos Ethan e Joel Cohen Inside Llewin Davis, que conta as aventuras de um cantorfolk no Greenwich Village nova-iorquino da década de 1960.
O prêmio de melhor atriz foi para a francesa Bérénice Bejo por sua atuação no filme Le Passé, drama do diretor iraniano Asghar Farhadi. Já o norte-americano Bruce Dern foi agraciado com o prêmio de melhor ator do festival, por seu papel em Nebraska, filme no estilo roadmovie dirigido por Alexander Payne.
O prêmio de melhor direção foi para o mexicano Amat Escalante por seu filme Heli, enquanto o de melhor roteiro foi recebido pelo chinês Jia Zhange porA Touch of Sin. O Prêmio do Júri do Festival de Cannes foi para o cineasta japonês Kore-Eda Hirokazu por Like Father, Like Son.
Mostras paralelas
Os prêmios nas mostras paralelas foram anunciados um pouco mais cedo. Na renomada seção Un Certain Regard ("Um Certo Olhar"), dedicada ao cinema de autor e a cineastas estreantes, o prêmio foi para o filme The Missing Picture, do diretor cambojano Rithy Panh, que abordou a história de seu país e principalmente o genocídio durante a dominação violenta do Khmer Vermelho na década de 1970.
O prêmio do júri nessa categoria foi para o cineasta palestino Hany Abu-Assad por seu drama Omar. Nessa categoria, também estava competindo o único filme alemão no programa oficial em Cannes – Tore tanzt, da diretora estreante Katrin Gebbe.
Na premiação da Cinéfondation, o júri presidido pela cineasta neozelandesa Jane Campion atribuiu o prêmio de 15 mil euros ao curta-metragem Needle, da iraniana Anahita Ghazvinizadeh. O filme aborda a disputa entre uma jovem e seus pais. Na seção paralela Semana da Crítica, o curta alemão Komm und Spiel da cineasta Daria Belova recebeu o Prêmio Discovery, de melhor revelação.
Durante o Festival de Cinema de Cannes, o prêmio do júri ecumênico foi para o filme Le Passé, do diretor iraniano Asghar Farhadi. Num estilo de filme de suspense, os segredos e as complexas relações numa família reconstituída são revelados.
Glamour na Croisette
Neste ano, 20 filmes concorreram aos prêmios do Festival de Cinema Cannes. E, desde o início da competição, não faltou glamour na Croisette. A mostra foi aberta por O grande Gatsby, filme baseado no romance homônimo de F. Scott Fitzgerald com Leonardo DiCaprio no papel principal e direção do australiano Baz Luhrmann.
Convencer Spielberg a presidir o júri foi um golpe de sorte para o presidente do festival, Gilles Jacob, que já perseguia há décadas o diretor de Lincoln (2012) e A lista de Schindler (1993), após ele ter apresentado E.T., há 31 anos, em Cannes. Também fizeram parte do júri a atriz Nicole Kidman e o diretor escocês Lynne Ramsay.
Após a cerimônia de premiação, o 66° Festival de Cinema de Cannes foi encerrado com a estreia de Zulu, um thriller criminal que se passa na época do apartheid, na África do Sul. A película em língua inglesa foi dirigida pelo cineasta francês Jérôme Salle e estrelada por Forest Whitaker e Orlando Bloom.