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Ex-presidente do Egito recebe pena de morte

16 de maio de 2015

Mohammed Morsi, deposto em 2013, é condenado por seu envolvimento em uma fuga em massa de presidiários durante os levantes de 2011 no país. Autoridades religiosas irão analisar o caso, para o qual ainda cabe apelação.

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Mohamed Mursi Urteil Kairo Todesurteil
Foto: picture-alliance/dpa/N. Galal/A. Alyoum

Um tribunal egípcio condenou à morte neste sábado (16/05) o ex-presidente do país, Mohammed Morsi, juntamente com outros cem acusados, em razão de uma fuga em massa de presidiários durante as revoltas de 2011, que resultaram na queda do ex-presidente Hosni Mubarak.

Morsi, deposto em 2013, acompanhou a decisão do juiz em uma cela no tribunal. Muitos dos outros réus foram julgados à revelia, como o clérigo islâmico Yusuf al-Qaradawi, atualmente no Catar.

Os promotores egípcios alegam que durante as revoltas de 2011, membros da organização palestina Hamas entraram clandestinamente no país e libertaram cerca de 20 mil presos, entre estes, Morsi e outros 30 líderes da Irmandade Muçulmana.

O veredicto será encaminhado para a mais alta autoridade religiosa do país, o grande mufti, que irá analisar o caso. Seja qual for sua decisão, os réus ainda poderão apelar da sentença. A próxima audiência sobre o caso está marcada para o dia 2 de junho.

A deposição de Morsi em julho de 2013 desencadeou uma repressão à Irmandade Muçulmana no Egito, que levou à prisão de centenas de membros da organização islâmica após o atual presidente, Abdel Fattah al-Sisi, banir as atividades do grupo.

No mês passado,Morsi havia sido sentenciado a 20 anos de prisão, acusado de incitar a violência contra os protestos de 2012 no país. Organizações de direitos humanos condenaram a decisão judicial.

RC/ap/afp/dpa/rtr