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Exército de Israel encontra corpos de jovens desaparecidos na Cisjordânia

30 de junho de 2014

Após 18 dias de buscas, adolescentes são achados mortos próximo a Hebron. Governo israelense acusa Hamas, que nega envolvimento e diz que qualquer ação militar abrirá "portas do inferno".

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Foto: M.Kahana/AFP/GettyImages

O Exército de Israel encontrou nesta segunda-feira (30/06), nas imediações de Hebron, os corpos dos três adolescentes desaparecidos há 18 dias no sul da Cisjordânia. Os cadáveres de Gilad Shaer, Naftali Frankel e Eyal Yifrach foram achados sob um monte de pedras, num campo.

Segundo uma emissora de rádio, o local fica próximo à cidade de Halhul, cerca de cinco quilômetros ao norte de Hebron e a apenas de dez minutos da estrada onde os três colonos israelenses foram vistos pela última vez, pegando carona para voltar para casa. O site de notícias Ynet acrescenta que os corpos foram achados por soldados e voluntários civis.

Ainda não se sabe a causa das mortes, porém peritos acreditam que elas teriam ocorrido logo em seguida ao desaparecimento dos jovens. Pouco antes da divulgação da notícia, o premiê de Israel, Benjamin Netanyahu convocara uma reunião urgente de seu gabinete. Confirmando o achado, o vice-ministro da Defesa Danny Danon alegou que os jovens teriam sido assassinados por "terroristas do Hamas" e conclamou a uma operação ampla para "erradicar" o movimento radical islâmico.

"Não vamos parar até que o Hamas tenha sido completamente derrotado", disse Danon. "Os lares dos terroristas devem ser demolidos e seus arsenais de armas, destruídos. Nossa missão não estará completa até todas as organizações terroristas serem impedidas de atacar israelenses, e compreenderem de uma vez por todas que o povo de Israel não pode ser ameaçado."

Em entrevista à agência de notícias AFP, Sami Abu Zuhri, porta-voz do Hamas, alertou que qualquer ação de Israel para o punir o Hamas pelo desaparecimento dos jovens vai abrir "as portas do inferno".

A cidade palestina de Hebron se encontra isolada pelos militares. No decorrer desta segunda-feira houve tiros entre forças israelenses e palestinas. Desde o desaparecimento de Gilad, Naftali e Eyal, em 12 de junho, o Exército já prendeu cerca de 420 palestinos em numerosas batidas, afirmando que a maioria pertence ao Hamas. Alguns dias atrás o serviço secreto de Israel indicara dois membros da organização islamista como suspeitos do suposto sequestro.

AV/afp/rtr/dpa