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EUA transferem preso de Guantánamo

3 de maio de 2018

Saudita é levado para seu país natal. Número de detentos na prisão militar na ilha cubana cai para 40. Essa é a primeira transferência de um detido em Guantánamo feita no governo de Donald Trump.

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Base militar de Guantánamo
Obama fez última transferência de preso de Guantánamo em janeiro de 2017Foto: picture-alliance/AP Photo/B. Linsley

O Pentágono anunciou nesta quarta-feira (02/05) a transferência de um detento da base militar de Guantánamo, em Cuba, para a Arábia Saudita. Essa foi a primeira transferência do centro de detenção realizada no governo do presidente Donald Trump.

Segundo o Pentágono, o saudita Ahmed al-Darbi cumprirá o resto de sua pena no seu país de origem. Após confessar, em 2014, seu envolvimento num ataque realizado pelo grupo extremista Al Qaeda a petroleiro francês, ele foi condenado a 13 de prisão.

Leia também: Guantánamo, entre o fechamento e a ressurreição

"Os Estados Unidos coordenaram com a Arábia Saudita a transferência para assegurar que ela ocorra de acordo com padrões estabelecidos de segurança e de tratamento humano”, afirmou a porta-voz do Pentágono, Sarah Higgins.

Com a transferência, restam 40 detentos em Guantánamo. A última transferência foi autorizado pelo ex-presidente Barack Obama poucos dias antes do fim do seu mandato.

O centro de detenção, que o presidente George W. Bush abriu após o 11 de setembro de 2001, chegou a ter mais de 700 presos em 2003.  O desrespeito deliberado ao direito internacional no tratamento dos internos de Guantánamo imediatamente desencadeou protestos globais. Antes de deixar o cargo, Bush transferiu cerca de 500 detentos.

Apesar de não ter cumprido a promessa de fechar o centro de detenção, Obama reduziu de 242 para 41 o número de presos no local. Já Trump sempre defendeu a manutenção de Guantánamo. Em janeiro, ele assinou uma ordem para mantê-la aberta e insinuou que mandaria combatentes do "Estado Islâmico” e da Al Qaeda para lá. 

CN/rtr/ap/lusa

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