EUA oferecem ajuda à Rússia contra desastre ecológico
7 de junho de 2020Os Estados Unidos ofereceram ajuda a Moscou neste sábado (06/06) para combater a despoluição de um rio no Círculo Polar Ártico, após vazamento de mais de 21 mil toneladas de hidrocarbonetos que começou em 29 de maio.
Dizendo-se "entristecido de saber da fuga de combustível em Norilsk, Rússia", o secretário de Estado Mike Pompeo declarou no Twitter: "Apesar de nossas divergências, os EUA estão prontos a ajudar a Rússia a mitigar esse desastre ambiental e a fornecer sua experiência técnica."
Em 29 de maio, um reservatório de diesel de uma central térmica pertencente à gigante da mineração Nornickel ruiu perto da cidade de Norilsk, em meio à tundra da Sibéria, provocando o vazamento de cerca de 15 mil toneladas de hidrocarbonetos nos cursos de água e 6 mil toneladas nos terrenos circundantes, numa área total de mais de 14 mil metros quadrados.
A Nornickel é propriedade do homem mais rico da Rússia, Vladimir Potanin, cuja fortuna é estimada em 25 bilhões de dólares. Ele se comprometeu a arcar com os trabalhos de despoluição. Segundo a revista alemã Der Spiegel, a operação deverá custar pelo menos 130 milhões de dólares.
O óleo deixou o rio Ambarnaia vermelho, o que é visível do espaço. Trata-se de um dos piores vazamentos de combustível da história do país e um dos piores desastres ecológicos da Sibéria. Segundo especialistas, serão necessários anos até a região se recuperar.
Uma semana após a ocorrência, as autoridades russas garantem ter contido o alastramento do combustível, sobretudo no Ambarnaia. As equipes de resgate trabalham para limitar os danos num contexto complicado devido às dificuldades de acesso, devido à pouca profundidade do rio, que impede as operações de barco, e pelos terrenos pantanosos que se formam durante a primavera.
O presidente russo, Vladimir Putin, declarou estado de emergência na região. Alegando só ter sido informado do desastre no último domingo, ele criticou a forma de proceder das autoridades locais: "Por que as agências do governo só souberam disso dois dias depois do ocorrido. Vamos ser informados sobre situações de emergência pelas redes sociais?"
AV/afp,lusa,dpa
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