Espanha confirma favoritismo e passa fácil pela Nigéria
23 de junho de 2013Os nigerianos até que tentaram acreditar. Chegaram a buscar inspiração no passado – precisamente na Copa de 1998 – para tentar uma improvável vitória contra a Espanha. Mas neste domingo (23/06), no Castelão, foram necessários apenas três minutos para que a Fúria mostrasse a que veio e logo confirmasse, com um tranquilo 3 a 0, sua esperada classificação para as semifinais da Copa das Confederações.
A partida não teve o ritmo quase amistoso do jogo que acontecia simultaneamente no Recife, terminado com vitória por 8 a 0 do Uruguai sobre o Taiti. Mas também não foi exatamente uma disputa real por uma vaga na fase seguinte, como fora na vitória de 3 a 2 da Nigéria sobre a Espanha na Copa da França, há 14 anos. Durante os 90 minutos, o juiz não precisou mostrar sequer um único cartão amarelo.
Com os gols de Jordi Alba, que marcou duas vezes, e Fernando Torres, a Espanha quebrou o recorde de vitórias seguidas de uma seleção em partidas oficiais, antes pertencente à França. Há 28 jogos em competições Fifa o time de Vicente del Bosque não sabe o que é perder ou empatar.
A Espanha tem agora pela frente na semifinal o clássico contra a Itália, na próxima quinta-feira, no mesmo Castelão. O Uruguai, segundo colocado da chave, enfrentará o Brasil na quarta-feira, no Mineirão. Os vencedores fazem a final da Copa das Confederações no Maracanã.
O jogo
Com o apito incial e os placares em branco nos dois jogos, a Nigéria ainda era a segundo colocada e estava se classificando para a semifinal. Porém, com dois minutos, o Uruguai abriu o marcador no Recife e um minuto depois os nigerianos também sucumbiram ao toque de bola espanhol.
No lance, após bela triangulação no meio-campo, Jordi Alba entrou na diagonal, driblou três defensores e tocou na saída do goleiro Enyeama: 1 a 0. O gol deixou ainda mais calma a já tranquila seleção espanhola, que, em alguns momentos, chegava a mostrar desinteresse pela partida, embora sem nunca perder o controle dela.
Aos 10 e aos 19 minutos, a Nigéria teve suas melhores chances. Na primeira, Obi Mikel tabelou com Akpala e só não marcou porque Sérgio Ramos fez um corte providencial para escanteio. Na segunda, Mba arriscou de fora da área e forçou Valdés a fazer bela defesa.
Do lado espanhol, Soldado perdeu duas chances claras de gol ao longo do segundo tempo, e Fábregas chegou a carimbar a trave de Enyeama, que levou sorte no lance e, cercado por atacantes espanhóis, viu a bola voltar em seus braços.
Na volta do intervalo, o panorama se manteve o mesmo: a Nigéria ameaçava se arriscar mais, porém a Espanha mantinha o controle do jogo. E, aos 16 minutos, Torres, que apenas dois minutos antes entrara no lugar de Soldado, ampliou o marcador. No lance, o centroavante do Chelsea acertou uma forte cabeçada após cruzamento de Pedro, sem chances para o goleiro nigeriano.
Aos 28, Gambo Muhammad teve a melhor chance da Nigéira no jogo. O nigeriano recebeu sozinho de dentro da área e, frente a frente, com Valdés chutou torto, de forma precipitada, sem qualquer perigo para o gol espanhol.
A Espanha fechou o marcador já aos 43 minutos, novamente com Jordi Alba. Aproveitando a linha de impedimento nigeriana, o lateral-esquerdo entrou sozinho desde a intermediária, driblou Eneyama e tocou para as redes: 3 a 0. Tudo como o esperado.
Ficha técnica
Local: Castelão – Fortaleza
Gols: Jordi Alba (3 do primeiro tempo e 43 do segundo tempo), Fernando Torres (16 do segundo tempo)
Arbitragem: Joel Aguilar (El Salvador), auxiliado pelos seus compatriotas William Torres e Juan Zumba.
Nigéria: Vincent Enyeama; Efe Ambrose, Godfrey Oboabona, Kenneth Omeruo (AzubuikeEgwuekwe) e Uwa Echiéjilé; Fedor Ogude, Sunday Mba (John Ogu), John Obi Mikel e Ahmed Musa; Joseph Akpala e Ideye Brown. Técnico: Stephen Keshi.
Espanha: Víctor Valdés; Álvaro Arbeloa, Sergio Ramos, Gerard Piqué e Jordi Alba; Sergio Busquets, Xavi Hernández, Cesc Fàbregas (David Silva) e Andrés Iniesta; Pedro Rodríguez (David Villa) e Roberto Soldado (Fernando Torres). Técnico: Vicente del Bosque.