Eslovênia e Sérvia fecham fronteiras para refugiados
9 de março de 2016A Eslovênia anunciou nesta terça-feira (08/03) que a partir da meia-noite irá bloquear a entrada em seu território de todos migrantes que não possuírem um visto válido para o espaço de Schengen. A Sérvia afirmou que a decisão eslovena fecha a rota dos Bálcãs para refugiados e disse que seguirá a mesma medida.
O ministério esloveno do Interior ressaltou que permitirá ainda a entrada de migrantes que desejam pedir asilo no país e que vieram para a região por motivos humanitários. Pouco depois, foi a vez de a Sérvia anunciar que adotará a mesma política de Liubliana em suas fronteiras.
Segundo a emissora nacional eslovena de rádio, o primeiro-ministro Miro Cerar afirmou que o país pretende acolher mensalmente entre 40 e 50 refugiados.
O Ministério do Interior ressaltou ainda que a Eslovênia aceita receber 863 refugiados no sistema de cotas que a União Europeia pretende estabelecer.
As decisões da Eslovênia e da Sérvia podem gerar um efeito dominó nos países ao longo da rota. A expectativa é que a Croácia e Macedônia adotem medidas semelhantes.
Cerca de 10 mil refugiados chegaram recentemente à Alemanha e à Áustria pela rota dos Bálcãs. Vários países ao longo do caminho estabeleceram controles mais rígidos nas fronteiras e muitos bloqueiam a passagem de migrantes. Depois que a Macedônia passou a autorizar a entrada de apenas algumas dezenas de refugiados sírios e iraquianos em seu território, milhares de migrantes se acumularam na cidade grega de Idomeni e aguardam para seguir viagem.
Caminhos alternativos
Com o fechamento da rota dos Bálcãs, Estônia, Lituânia e Letônia começaram a construir uma cerca em suas fronteiras e reforçaram os controles em postos fronteiriços para evitar que os países se tornem um caminho alternativo para refugiados em direção ao norte e ao centro da Europa.
Letônia e Estônia reforçaram o controle especialmente na fronteira com a Rússia, que autoriza a passagem pelo seu território de centenas de migrantes que desejam alcançar a UE. No ano passado, cerca de 6 mil refugiados chegaram à Finlândia e à Noruega através da Rússia.
CN/rtr/dpa/afp