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Síria, guerra civil na Síria, cessar-fogo na Síria

9 de julho de 2017

Trégua acordada por EUA, Rússia e Jordânia e anunciada após encontro entre Trump e Putin no G20 abrange três províncias do país, assolado há mais de seis anos por guerra civil. Washington elogia novo esforço de paz.

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Destruição em Daraa, na Síria
Daraa, capital da província homônima, vem sendo palco de intensos confrontos e bombardeios e faz parte da tréguaFoto: picture-alliance/AA/A. el Ali

Um cessar-fogo entrou em vigor no sudoeste da Síria neste domingo (09/07), marcando a mais recente tentativa internacional de instaurar a paz no país, assolado há mais de seis anos por uma guerra civil.

Os Estados Unidos, a Rússia e a Jordânia chegaram ao acordo de cessar-fogo nesta semana, com o objetivo de abrir caminho para uma trégua mais ampla e robusta. O anúncio foi feito após um encontro entre o presidente americano, Donald Trump, e seu homólogo russo, Vladimir Putin, na cúpula do G20 realizada nesta sexta-feira e sábado em Hamburgo, na Alemanha.

Neste domingo, o Observatório Sírio de Direitos Humanos afirmou que "a calma prevalece" nas três províncias englobadas no acordo – Daraa, Quneitra e Sweida – desde que a trégua teve início, ao meio-dia (hora local).

"Os principais fronts nas três províncias entre forças do regime e facções da oposição viram cessar as hostilidades e bombardeios desde esta manhã, com exceção de alguns bombardeios dispersos realizados na cidade de Daraa antes do meio-dia", disse Rami Abdel Rahman, chefe do observatório.

"A situação está relativamente calma", disse Suhaib al-Ruhail, porta-voz do grupo rebelde Alwiyat al-Furqan, na região de Quneitra.

Outro representante dos rebeldes, da cidade de Deraa, disse que também não foram registrados conflitos significativos. Ele afirmou que a situação estava tranquila próximo à fronteira com a Jordânia, onde teriam sido registrados alguns dos bombardeios mais intensos das últimas semanas.

Uma testemunha em Deraa disse não ter visto aviões no céu ou escutado confrontos desde o meio-dia. O Exército sírio não se manifestou sobre a trégua.

Os EUA, que têm evitado se envolver no conflito sírio desde que o presidente Donald Trump chegou à Casa Branca, em janeiro, elogiou o cessar-fogo. O envolvimento de Washington no acordo foi interpretado como um sinal de que o país pode estar cautelosamente voltando a se engajar para pôr um fim à guerra síria, que já deixou mais de 320 mil mortos.

Desde o início do conflito, após protestos antigoverno em março de 2011, uma série de acordos de cessar-fogo fracassaram. Não ficou claro em que medida combatentes – das forças do regime e dos principais grupos de oposição no sudoeste do país – estavam comprometidos com mais este esforço de paz.

O regime sírio havia anunciado seu próprio cessar-fogo unilateral na segunda-feira passada, mas os confrontos prosseguiram nas três províncias. Governo e delegações da oposição devem participar de mais uma rodada de negociações em Genebra a partir desta segunda-feira.

LPF/rtr/afp