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Enfermeiro acusado de envolvimento com EI volta à Austrália

24 de julho de 2015

Australiano, acusado de dar assistência médica a militantes do "Estado Islâmico" na Síria, deverá ser primeiro a responder processo por violação de novas leis antiterrorismo no país.

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Foto: picture-alliance/Balkis Press

Autoridades australianas informaram que um enfermeiro australiano acusado de dar assistência médica a militantes do "Estado Islâmico" (EI) na Síria deverá ser a primeira pessoa a responder a um processo por violar as novas leis de antiterrorismo, ao retornar nesta sexta-feira (24/07) ao país.

Adam Brookman, de 39 anos, retorna à Austrália sob escolta policial num voo proveniente da Turquia, onde havia se rendido às autoridades, relatou a Polícia Federal australiana em comunicado. Antes, ele estava em Raqqa, capital do autoproclamado "califado" do EI, de onde diz ter saído fugido.

De acordo com a polícia, Brookman não foi acusado de qualquer crime, mas é objeto de investigações que podem levá-lo a cumprir mais de dez anos de prisão, caso sejam comprovadas conexões com o terrorismo.

"A opinião pública pode ter certeza de que qualquer australiano identificado como ameaça à segurança será investigado pelas agências competentes", consta da nota da polícia. "Se houver provas de que cidadãos australianos cometeram infração penal sob a lei australiana, enquanto estavam envolvido no conflito na Síria e Iraque, eles serão acusados e colocados perante os tribunais."

Muçulmano convertido e pai de cinco crianças que moram em Melbourne, Brookman alega que foi para a Síria no ano passado com o objetivo de prestar ajuda humanitária a civis atingidos pelo conflito. Antes de deixar a Turquia, declarou ao grupo australiano de mídia Fairfax Media que deixara a Síria devido às atrocidades cometidas pelo EI.

"Não concordo, em absoluto, com o que eles estão fazendo. Não concordo com os sequestros, os negócios deles com outros grupos muçulmanos, e principalmente depois que eles começaram a executar jornalistas e outros civis inocentes." Brookman afirma ser inocente de qualquer crime.

FC/rtr/ap/dpa