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Eleição presidencial no Equador deve ir a segundo turno

21 de fevereiro de 2017

Com mais de 90% das urnas apuradas, disputa segue indefinida, mas deve ser decidida entre os candidatos Lenín Moreno e Guillermo Lasso. Conselho Nacional Eleitoral diz que resultados definitivos só sairão em três dias.

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O candidato do governo Lenín Moreno vota em Quito
O candidato do governo Lenín Moreno vota em QuitoFoto: picture alliance/AP Images/AP Photo/D. Ochoa

O Conselho Nacional Eleitoral se comprometeu nesta segunda-feira (20/02) a apresentar em três dias os resultados definitivos das eleições presidenciais do Equador. A contagem até agora, no entanto, indica um possível segundo turno entre o governista Lenín Moreno e o ex-banqueiro Guillermo Lasso.

Com a apuração de 90,8% das atas, Moreno – que foi vice-presidente do atual mandatário, Rafael Correa, entre 2007 e 2013 – tem 39,07% dos votos. Lasso, de centro-direita, vem em segundo, com 28,42%. Em terceiro aparece a social-cristã Cynthia Viteri, que conta com 16,23% dos votos.

A disputa é seguida por Paco Moncayo, com 6,82%, Abdullah Bucaram, com 4,74%, Ivan Espinel, com 3,19%, Washington Pesántez, com 0,77%, e Patrício Zuquilanda, também com 0,77%.

No Equador, para vencer no primeiro turno, o candidato necessita de mais de 50% dos votos válidos, ou 40% e uma vantagem de 10 pontos percentuais sobre o segundo colocado. Se esse resultado não for alcançado, os dois candidatos mais bem votados disputarão o segundo turno, em 2 de abril.

Com os resultados já divulgados, Moreno sustenta que tem todas as chances de sua chapa vencer em primeiro turno. Já Lasso se mostra confiante de um segundo turno e pediu para que as demais forças da oposição se juntem a ele na formação de um pacto pela governabilidade do país.

O presidente do Conselho Nacional Eleitoral, Juan Pablo Pozo, informou que a demora na divulgação dos resultados definitivos muito se deve a "inconsistências" encontradas em algumas atas, como irregularidades numéricas – ou seja, diferenças entre o número de eleitores e o de votos registrados –, falta de legibilidade das atas e ausência da assinatura do presidente da mesa eleitoral.

Os equatorianos foram às urnas no domingo para escolher o sucessor de Correa, impedido pela Constituição de concorrer a um terceiro mandato, e os 137 deputados da Assembleia Nacional e cinco representantes para o Parlamento Andino. Ao todo, 12,8 milhões de eleitores estavam aptos a votar.

Guillermo Lasso celebra os resultados parciais da eleição em Guayaquil
Guillermo Lasso celebra os resultados parciais da eleição em GuayaquilFoto: Reuters/H.Romero

Os possíveis candidatos do segundo turno

Eleito em 2007 vice-presidente de Correa, Moreno, de 63 anos, tem sido o rosto afável e bem-humorado do "correismo", adotando um tom mais conciliatório. Sob uma cadeira de rodas desde 1998, após ser assaltado, ele é formado em administração pública. Programas de defesa dos direitos das pessoas com necessidades especiais lhe deram prestígio internacional.

Moreno propõe seguir o curso social e econômico da chamada Revolução Cidadã e criar universidades de ensino técnico. Ele não fez novas propostas para tirar o país da severa crise econômica.

Administrador de empresas, Lasso, de 61 anos, foi presidente do Banco de Guayaquil entre 1994 e 2012, uma das instituições financeiras mais importantes do Equador. Em 1997, foi nomeado governador de Guayas, uma das maiores províncias do país, e logo se tornou ministro da Economia.

Membro da Opus Dei e contrário ao aborto, ele prometeu criar um milhão de empregos – sem dar detalhes de como planeja fazê-lo – e reduzir impostos. Lasso apoia o livre-comércio e os acordos comerciais com os EUA e União Europeia e se declarou contra o chamado Socialismo do Século 21.

EK/dw/efe/ap/dpa/ots