EI reivindica ataque contra restaurante em Bangladesh
2 de julho de 2016Pelo menos duas pessoas morreram e outras 26 ficaram feridas num ataque realizado por homens armados, reivindicado pelo grupo terrorista "Estado Islâmico" (EI), contra um restaurante frequentado por estrangeiros na região diplomática de Daca, em Bangladesh. A ação continua em andamento com reféns, informaram nesta sexta-feira (1º/07), segundo autoridades e testemunhas.
"Atendemos 28 feridos e dois deles morreram", disse o gerente de um hospital localizado no bairro nobre de Gulshan, onde ocorreu o ataque, e para onde estão sendo transferidas as vítimas, a maioria policiais, de acordo com a imprensa local.
Segundo fontes citadas pelo jornal britânico The Daily Star, os dois mortos são comandantes da polícia local.
O alvo do ataque foi o estabelecimento Holey Artisan Bakery, especializado na cozinha mediterrânea cujos chefs são dois argentinos. Um deles, Diego Rossini, estava no local no momento do incidente.
"Estão atirando. Por favor, chamem a polícia. Estou escondido no terraço", escreveu Rossini, numa rede social. Horas mais tarde, ele confirmou pelas mídias sociais que tinha conseguido escapar do restaurante.
Um funcionário do Holey, Sumon Reza, disse ao The Daily Star que vários homens armados com artefatos explosivos, pistolas e espadas invadiram o restaurante no começo da noite (horário local). Vários veículos da imprensa de Bangladesh e fontes oficiais afirmam que há 20 reféns no estabelecimento, entre os quais estão vários cidadãos estrangeiros.
O EI reivindicou a autoria do ataque em mensagem divulgada pela agência jihadista Amac e compartilhada pela agência de monitoramento de terrorismo SITE Intelligence Group através de sua conta no Twitter.
"Mais de 20 pessoas de diferentes nacionalidades foram assassinadas no ataque do EI em Daca", diz a mensagem dos jihadistas.
Desde 2013, Bangladesh sofre uma onda de ataques relacionados a radicais islamitas que se intensificou no ano passado. Os incidentes levaram a polícia a organizar uma grande operação policial que terminou com milhares de detidos. Algumas das ações foram reivindicadas pelo EI e outras pela filial indiana da Al Qaeda.
PV/efe/ap/afp