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Diplomacia brasileira tenta impedir execução na Indonésia

Clarissa Neher15 de janeiro de 2015

Brasileiro detido desde 2003 por tráfico de drogas tem execução marcada para domingo. Nos bastidores, governo tenta impedir ou pelo menos adiar cumprimento da sentença.

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Marco Archer Cardoso Moreira (c) em 2003, quando foi detido pelas autoridades da IndonésiaFoto: AFP/Getty Images/B. Ismoyo

A Embaixada do Brasil em Jacarta confirmou nesta quinta-feira (15/01) que está tentando impedir ou pelo menos adiar a execução do brasileiro Marco Archer Cardoso Moreira, condenado por tráfico de drogas na Indonésia.

Segundo um diplomata ouvido pela DW Brasil, as ações da embaixada estão sendo coordenadas com o Itamaraty, em Brasília, para tentar impedir a execução da sentença. Ele não deu detalhes sobre quais medidas estão sendo tomadas.

"O governo brasileiro continua mobilizado, acompanhando estreitamente o caso e avalia todas as possibilidades de ação ainda abertas. De modo a preservar sua capacidade de atuação, manterá reserva sobre as decisões tomadas", informou o Itamaraty por e-mail.

A execução está marcada para ocorrer no próximo domingo. Outras cinco pessoas – um nigeriano, um vietnamita, um malês e dois indonésios –, todas condenadas por tráfico de drogas, têm a execução marcada para o mesmo dia.

"Não há misericórdia para traficantes de drogas. Nós esperamos que nossa firme posição tenha um efeito preventivo e detenha traficantes", afirmou o procurador-geral do país, Muhammad Prasetyo, ao confirmar a sentença.

A execução deve acontecer no complexo penitenciário da ilha de Nusa Kambangan. "O pelotão de fuzilamento, médicos e o clérigo já foram nomeados", disse Prasetyo.

Preso em 2003

No final do ano passado, o governo do presidente Joko Widodo negou definitivamente o pedido de clemência feito pelo brasileiro.

Moreira foi preso na Indonésia em 2003, ao tentar entrar no país com 13,4 quilos de cocaína escondidos em tubos de asa delta. O brasileiro foi condenado à morte em 2004 por tráfico de drogas.