Dez locais onde os alemães passam seu verão

Muitos moradores urbanos têm um oásis particular em forma de "schrebergarten". Invenção do século 19, no verão os pequenos lotes de terra arrendados para fins de jardinagem se transformam em áreas para se bronzear e fazer churrasco. Mas até o paraíso tem suas regras: os quase 1 milhão de jardins-hortas da Alemanha têm que ter uma parte cultivada e não podem ser usados como moradia permanente.

Das mais de 5 mil sorveterias do país, a maioria é propriedade de famílias italianas. Nos meses quentes, as mesas externas ficam lotadas e há longas filas diante do balcão. Entre os sabores preferidos, estão baunilha, flocos e avelã. Um favorito das crianças é o "spaghetti eis": sorvete de creme passado pelo espremedor de batatas, guarnecido de calda de morango e raspas de chocolate branco.

Gritaria infantil, cheiro de bronzeador e batata frita no ar, toalhas umas coladas às outras; no espaço que sobra, adolescentes jogando bola: se é para ficar na própria cidade, as piscinas públicas são um lugar favorito para passar um dia de verão. Há mais de 7 mil delas no país, e mais da metade é ao ar livre, portanto só abrem na estação quente. Para frequentá-las, não é exigido atestado médico.

Em alguns cobra-se ingresso, outros têm acesso livre: há lagos apropriados para o banho em toda a Alemanha. O Chiemsee, por exemplo, também chamado Mar Bávaro: extremamente limpo, com agradáveis praias de areia e ampla oferta de esportes aquáticos.

O verão é época de festivais ao ar livre na Alemanha. Do rap ao reggae, quase todo fim de semana há algum evento musical em algum lugar do país. Como o Festival by Night (foto), de hip-hop, numa instalação industrial desativada perto de Dessau. Outras dicas são o Wacken Open Air, o maior do mundo dedicado ao heavy metal, e o Hurricane Festival, com uma mistura de rock, pop e electro.

A cada ano, mais de 12 milhões de pessoas visitam a capital alemã, cerca de 40% delas são turistas estrangeiros. Ou seja: Berlim também é uma destinação turística muito apreciada pelos próprios alemães. E o verão é a época ideal, quando se pode ir a pé de uma atração a outra, ou admirar tudo do alto do ônibus de dois andares.

O rei da Baviera Maximiliano 1º autorizou em 1812 aos cervejeiros de Munique a venda da bebida no local onde ela é produzida. Assim nasceu o "biergarten" (literalmente "jardim da cerveja"), sendo o mais antigo o da marca Augustiner Keller. O maior de todos é o Hirschgarten (foto), com 8 mil lugares. A ideia se alastrou, e hoje há cervejarias ao ar livre por todo o país.

As salas de exibição são o local mais provável onde encontrar um bom ar condicionado. Para quem teme pelo futuro do cinema: entre 2005 e 2015 a frequência aos cinemas alemães cresceu de 127,3 milhões para 139,2 milhões de espectadores. No verão de 2016, os campeões de bilheteria hollywoodianos preferidos no país são "A lenda de Tarzan", "Independence Day: O ressurgimento" e "Caça-Fantasmas".

Uma excelente forma de conhecer a Alemanha é sobre duas rodas. A rede de ciclovias é extensa e não faltam os caminhos através de bosques, ao longo de rios e em volta de lagos. Há até uma via expressa para ciclistas, o Radschnellweg Ruhr, no oeste do país. Mas também rotas para passeios relaxados, como o Ahr Radweg (foto), através dos vinhedos da região do Reno.

A ilha espanhola Maiorca foi apelidada "17º estado alemão". Mais de 30 mil alemães vivem permanentemente na ilha, e a cada ano milhões deles passam as fériass em "Malle", como a apelidaram. Maiorca parece um paraíso germânico na terra: fala-se alemão, serve-se comida alemã – e o clima é mil vezes melhor do que em casa.