Datafolha: Bolsonaro é aprovado por 39% e reprovado por 37%
30 de dezembro de 2022O presidente Jair Bolsonaro recebeu a pior avaliação de um presidente eleito para um primeiro mandato desde o retorno da democracia ao país, em 1985. A diferença entre os números da aprovação e reprovação, no entanto, estão dentro da margem de erro de dois pontos percentuais para mais ou para menos, em uma pesquisa divulgada nesta sexta-feira (30/12) pelo Datafolha.
Segundo a sondagem, 39% dos brasileiros avaliam o governo Bolsonaro como bom ou ótimo, enquanto 37% o consideram ruim ou péssimo. Sua gestão é considerada regular por 24% dos entrevistados, e 1% não soube opinar.
O ápice de aprovação de Bolsonaro havia sido no segundo semestre de 2020, em meio aos efeitos do auxílio emergencial concedido pelo governo durante a pandemia de covid-19. Em junho e dezembro daquele ano, ele foi aprovado por 37% dos entrevistados, um índice dentro da margem de erro da pesquisa atual e do registrado pouco antes do segundo turno das eleições deste ano.
Os índices mais baixos do presidente foram registrados em setembro e dezembro de 2021, quando 53% avaliavam seu governo como ruim ou péssimo.
Para 39% dos entrevistados, Bolsonaro entrega um país melhor do que antes do início de seu governo, igualando o índice de aprovação no final de seu único mandato, segundo a pesquisa Datafolha.
No entanto, 36% avaliam que o presidente deixa como legado um Brasil pior, enquanto 24% dizem que o país não melhorou nem piorou. Um por cento não opinou.
Em 2006, no final do primeiro mandato de Luiz Inácio Lula da Silva à frente da presidência, 84% dos brasileiros afirmavam que o petista havia deixado um país melhor e 12%, pior.
Pior que os antecessores
Entre os antecessores de Bolsonaro, o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso tinha aprovação de 35% e reprovação de 25%, sendo que 37% consideraram o seu primeiro mandato regular. Em 2006, Lula, reeleito, tinha 52% de aprovação, contra 14% de avaliações negativas e 34% de regular.
A sucessora de Lula, Dilma Rousseff, foi aprovada em 2014 por 42% e reprovada por 14%, contra 34% que consideravam seu governo regular. Ela também foi reeleita, mas acabou sendo alvo de um processo de impeachment que a tirou do cargo em 2016.
O Datafolha ouviu 2.026 eleitores em 126 cidades entre os dias em 19 e 20 de dezembro.
rc/ek (ots)