Daniel Libeskind e arquitetura da memória
O Museu Judaico de Berlim, o Ground Zero em Nova York e o Museu do Curdistão, no Iraque, são alguns dos edifícios projetados pela estrela da arquitetura, cuja obra foca a lembrança e a esperança.
Museu Judaico de Berlim
Esse edifício lhe trouxe fama: em 2001 foi inaugurado o Museu Judaico de Berlim, que hoje se tornou um cartão-postal da cidade. Um prédio revestido de zinco com planta em ziguezague. Só quem conhece Libeskind reconhece aqui a Estrela de Davi desconstruída. Mas o tema é claro: o diálogo com a ruptura, com a lacuna que o Holocausto deixou na comunidade judaico-alemã.
Museu da História Militar em Dresden
Este edifício também leva a assinatura inequívoca de Libeskind e estabelece igualmente um diálogo com a história alemã. O Museu da História Militar da Bundeswehr (Forças Armadas alemãs) não pretende ser uma representação brilhante do Exército nacional, mas discute a violência que dele emanou no passado, confrontando o visitante com seu próprio potencial de agressão.
Ruptura com o antigo
O edifício-sede do arsenal data da segunda metade do século 19. A extensa reforma realizada por Daniel Libeskind foi inaugurada em 2011, após sete anos de obras. O prédio foi perfurado por um corpo arquitetônico em forma de cunha – um símbolo da ruptura com a representação tradicional da história e uma referência aos ataques aéreos sobre Dresden em fevereiro de 1945.
Museu Imperial da Guerra Norte
Na britânica Manchester, Libeskind projetou uma filial do Museu Imperial da Guerra de Londres, que foi concebido ainda durante a Primeira Guerra Mundial como um órgão de propaganda do governo do Reino Unido. O Museu Imperial da Guerra Norte foi aberto em 2002, sendo um dos cinco postos avançados da instituição original de Londres.
Ground Zero
Quem melhor que Libeskind para saber criar lugares em que traumas encontram sua expressão arquitetônica? O arquiteto, que vive em Nova York, também projetou um novo edifício para o trauma americano de 11/9, para o Ground Zero, o lugar onde se encontravam as Torres Gêmeas antes dos ataques terroristas de setembro de 2011. Mas da "Torre da Liberdade"...
One World Trade Center
… surgiu o One World Trade Center, que pouco lembra os projetos de Libeskind. Para tal, também contribuíram as brigas em torno do projeto e do uso e, como relatou o jornal "The New York Times", os honorários do arquiteto. De qualquer forma, foi mantido o plano diretor de Libeskind para o areal de seis hectares, onde se encontravam as Torres Gêmeas.
Mansão em Datteln
Inicialmente, o prédio foi projetado por Libeskind como uma residência exclusiva. Mas agora ele se tornou o novo edifício de exposição e recepção da companhia de produtos metálicos Rheinzink. A empresa multinacional produz zinco titânico em Datteln, no oeste da Alemanha. A visão do arquiteto foi fazer um projeto que cresce do solo como um cristal.