Prejuízo da Daimler
19 de fevereiro de 2010O balanço da Daimler referente ao ano passado foi um choque para os acionistas. O prejuízo é sensivelmente maior do que o esperado. Analistas do mercado financeiro previam 2 bilhões de euros de perdas e foram surpreendidos pelos 2,6 bilhões de euros anunciados para 2009.
Em resposta, as ações da Daimler despencaram no mercado. O motivo também foi o anúncio do presidente da montadora, Dieter Zetsche, em Stuttgart, de que a Daimler não vai distribuir dividendos aos acionistas, pela primeira vez em 14 anos.
Promessa de dividendos em 2010
"O que determinou a decisão foi somente o desenvolvimento dos negócios e os resultados de 2009. A proposta não implica qualquer declaração sobre a previsão de negócios para este ano. Mas os acionistas podem ter certeza de que vamos voltar a distribuir dividendos no ano de 2010", afirmou Zetsche.
A montadora espera um reaquecimento dos negócios, depois das perdas do ano passado – somente a venda de carros de passeio regrediu quase 10% em 2009, a de veículos comerciais, quase 40%. Já nos últimos meses de 2009 as vendas de automóveis retomaram o crescimento de forma sensível.
De novo "no ataque"
Além disso, a Daimler conseguiu bons resultados com seu milionário programa de redução de custos, que continuará e será intensificado. Zetsche tem perspectivas positivas para os próximos meses. "Depois de 2009, voltamos de novo a jogar no ataque em 2010."
A expectativa é de que as vendas cresçam neste ano e a Daimler saia do vermelho. A companhia tem como meta um resultado bruto de mais de 2,3 bilhões em 2010.
Zetsche anunciou uma estratégia de mercado agressiva. "Nos próximos 24 meses vamos lançar no mercado um total de 16 novos modelos da Mercedes-Benz, incluindo o novo CLS, o novo Classe S Coupé e até o Classe S mais econômico e mais limpo de todos os tempos: um sedan de luxo, com um motor de quatro cilindros. Até mesmo a nova família do Classe E está completa, com o lançamento do conversível. Isso nos dá uma vantagem sobre a concorrência em 2010", disse o empresário, cujo contrato foi prorrogado pelo conselho de administração da Daimler até o fim de 2013.
Autor: Christof Gaißmayer (md)
Revisão: Alexandre Schossler