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Curdos dizem ter libertado Kobane do "Estado Islâmico"

26 de janeiro de 2015

Jihadistas foram expulsos da cidade fronteiriça, segundo representantes das forças curdas e Observatório Sírio dos Direitos Humanos. Em quatro meses, disputa pela localidade deixou mais de 1,6 mil mortos.

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Foto: DW/Kamal Sheikho

Após quatro meses de intensas batalhas, as forças curdas assumiram nesta segunda-feira (26/01) o controle de Kobane, na Síria. De acordo com a ONG Observatório Sírio dos Direitos Humanos e representantes curdos, os combatentes do "Estado Islâmico" (EI) foram expulsos da cidade, próxima à fronteira com a Turquia.

"Essa é uma vitória para todos os curdos", afirmou o porta-voz das forças curdas Idriss Nassan. A defesa do EI entrou em colapso e seus combatentes bateram em retirada, disse. Segundo o porta-voz, os curdos ainda estão perseguindo alguns jihadistas a leste de Kobane, mas não há mais combates dentro da cidade.

Para libertar Kobane dos jihadistas, as forças curdas sírias contaram com o apoio de ataques aéreos quase diários conduzidos pela coalizão internacional liderada pelos EUA e com o reforço dos combatentes curdos peshmerga, vindos do Iraque.

O EI iniciou a ofensiva contra Kobane em setembro do ano passado. Inicialmente, os jihadistas invadiram cerca de 300 aldeias ao redor da cidade, levando cerca de 10 mil pessoas a abandonar suas casas.

Nesta segunda-feira, o Comando Central dos EUA afirmou que 17 ataques aéreos haviam sido realizados nas imediações de Kobane nas últimas 24 horas. Os bombardeios atingiram posições de combate e de infraestrutura dos jihadistas.

Se a retomada de Kobane se confirmar, essa seria a maior derrota do EI na Síria desde que entrou no conflito em 2013. A batalha por Kobane deixou mais de 1,6 mil mortos, sendo mais de mil deles jihadistas, cerca de 450 combatentes curdos e 32 civis.

CN/rtr/dpa/ap/lusa