Correm bem os preparativos para a revanche entre Brasil e Alemanha
9 de outubro de 2002As duas maiores potências do futebol mundial – o Brasil e a Alemanha – têm a sua participação garantida e não precisam lutar pela qualificação. Este é o primeiro passo para uma eventual repetição do duelo dos gigantes: uma revanche que todo torcedor alemão gostaria de presenciar na final de Berlim, em 2006.
Segundo o Comitê de Organização da Copa (sigla alemã: OK), presidido pelo maior nome do futebol alemão em todos os tempos – Franz Beckenbauer, os preparativos estão transcorrendo com grande êxito e com mais rapidez do que se esperava. "Ainda há um enorme caminho pela frente, mas nós já estamos bem adiantados", afirmou Beckenbauer nesta terça-feira (08/10), em Hamburgo.
Patrocinadores
A busca de patrocinadores está tendo o sucesso que se esperava. Em Hamburgo, foi apresentado o segundo grande patrocinador nacional do evento, a companhia de seguros Hamburg-Mannheimer. Antes disto, o OK já havia fechado um contrato de patrocínio com uma das maiores distribuidoras de eletricidade do país, a empresa EnBW. Outros quatros patrocinadores deverão juntar-se a eles dentro em breve: cada um dos seis pacotes de patrocínio planejados de antemão vai garantir ao Comitê de Organização uma verba adicional entre 10 e 15 milhões de euros (entre 36 e 54 milhões de reais).
A busca de patrocinadores internacionais, que é feita pela FIFA, está ainda mais adiantada. A FIFA planejou a venda de 15 pacotes de patrocínio – cada um deles deve render em torno de 26 milhões de euros (cerca de 94 milhões de reais). Faltando quase quatro anos para a Copa de 2006, já foram vendidos 13 dos 15 pacotes de patrocínio da FIFA. Segundo o chefe de marketing do OK, Fedor Radmann, todos os contratos de patrocínio deverão estar negociados até meados de 2003, no mais tardar.
Ingressos baratos
Depois de vendidos todos os pacotes de patrocínio, o Comitê de Organização da Copa de 2006 divulgará então o volume total da verba à sua disposição e fixará também os preços das 3,2 milhões de entradas para os jogos – da fase eliminatória (os ingressos mais baratos) até à partida final (os mais caros).
Quanto maior for a receita obtida em setores paralelos, tanto mais baixo serão os preços das entradas, ressaltou o vice-presidente do OK, Horst R. Schmidt: "A meta prioritária para nós, é manter um orçamento equilibrado, fechando com um zero – sem lucros, mas também sem prejuízos."
A venda dos ingressos não deverá ser iniciada antes do final de 2004. O mais provável é que só comecem a ser vendidos cerca de um ano antes da Copa. Até lá, a curiosidade e o interesse dos torcedores serão incentivados através de uma campanha publicitária pela televisão, que contará com a participação de Michael Schumacher e de Claudia Schiffer, entre outros.
Reforma dos estádios
Para Franz Beckenbauer, a única insegurança nos preparativos da Copa de 2006 é representada pela má situação financeira dos clubes alemães de futebol. Eles são proprietários de alguns dos estádios em que serão disputados jogos do torneio e devem assumir uma parte dos custos de reforma e de ampliação. Beckenbauer teme que tais obras possam sofrer atraso.