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Coreia do Norte ataca ilha sul-coreana e mata dois soldados

23 de novembro de 2010

Disparos de artilharia causaram mortes e incêndios na ilha de Yeonpyeong, no Mar Amarelo. Ataque ocorre durante viagem à Ásia de emissário dos EUA para a Coreia do Norte.

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Fumaça em Yeonpyeong, logo após os ataquesFoto: AP

A Coreia do Norte fez na madrugada desta terça-feira (23/11) disparos de artilharia contra uma ilha da Coreia do Sul, causando a morte de dois soldados sul-coreanos e deixando várias pessoas feridas, entre elas civis, além de provocar incêndios em dezenas de habitações.

Um porta-voz do Ministério da Defesa confirmou a morte dos dois soldados e disse que há outros 15 militares feridos, cinco deles em estado grave. Também três habitantes da ilha ficaram feridos durante a ação, divulgou a fonte oficial.

O Exército sul-coreano respondeu ao ataque, anunciou o Ministério da Defesa do país, que colocou as tropas em estado de alerta máximo. O Exército também deu ordem a aviões de combate para sobrevoarem a ilha, noticiou a televisão local. "A Coreia do Norte deve assumir a total responsabilidade pelo ataque", afirma um comunicado do governo em Seul.

"Uma unidade de artilharia norte-coreana disparou tiros de provocação às 14h34, hora local, e as tropas sul-coreanas responderam de imediato", disse à AFP um porta-voz do Ministério da Defesa sul-coreano.

Uma testemunha declarou que os habitantes da ilha de Yeonpyeong, na costa oeste da península, próxima a uma fronteira marítima em disputa, foram retirados de suas residências durante o confronto. Residências estariam em chamas, disseram testemunhas à televisão sul-coreana.

O conflito, que durou aproximadamente uma hora e foi concluído de forma abrupta, é um dos mais graves entre os dois países em vários anos. O ataque ocorreu depois de o emissário norte-americano para a Coreia do Norte, Stephen Bosworth, atualmente em viagem à região, ter deixado Tóquio com destino a Pequim.

Na capital chinesa, Bosworth manterá nesta terça-feira encontros com autoridades para analisar a situação nuclear da Coreia do Norte, poucos dias depois da divulgação da existência de uma importante fábrica de enriquecimento de urânio neste país.

AS/rtr/lusa/afp/dpa
Revisão: Marcio Damasceno