Coreia do Norte assegura ter testado míssil intercontinental
4 de julho de 2017A Coreia do Norte assegurou nesta quarta-feira (04/07) ter realizado com êxito o lançamento de seu primeiro míssil balístico intercontinental (ICBM, na sigla em inglês) que, segundo especialistas, teria voado numa trajetória que possibilitaria alcançar o estado americano do Alasca.
Segundo a rede de televisão estatal norte-coreana, o "ensaio histórico" do lançamento do míssil Hwasong-14 – anunciado pela emissora após Coreia do Sul e Estados Unidos afirmarem que o míssil seria de médio alcance – teria sido supervisionado diretamente pelo líder Kim Jong-un.
Segundo o Ministério da Defesa do Japão, o míssil teria voado a uma altitude superior a 2,5 mil quilômetros – o que seria a maior marca atingida até hoje por Pyongyang –, realizando um percurso de 930 quilômetros até cair no Mar do Japão.
O órgão afirma que análises estão sendo realizadas para determinar com maior exatidão qual tipo de projétil foi utilizado.
No início do ano, Kim Jong-un afirmou que a Coreia do Norte estava próxima de desenvolver um ICBM capaz de alcançar o território americano. A agência estatal de notícias Yonhap informou que o Hwasong-14 poderia ter percorrido uma distância de até 6 mil quilômetros.
O lançamento ocorre às vésperas do encontro dos líderes dos países do G20, onde será discutido o programa nuclear da Coreia do Norte. O regime norte-coreano desafia constantemente as resoluções do Conselho de Segurança da ONU e as sanções impostas pelos Estados Unidos e a Coreia do Sul.
"Esse cara não tem nada melhor para fazer na vida?", afirmou através do Twitter o presidente dos EUA, Donald Trump, criticando Kim Jong-un. "Difícil acreditar que a Coreia do Sul e o Japão vão tolerar isso por mais tempo.°
A Casa Branca informou que Trump mencionou o programa de mísseis de Pyongyang durante conversa telefônica com o presidente chinês, Xi Jinping. Segundo apurou o jornal americano New YorK Times, citando fontes anônimas, Trump teria dito ao líder chinês que estaria pronto para agir por conta própria contra a Coreia do Norte.
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