Conservadores recuperam popularidade na Grécia
30 de agosto de 2015Os conservadores do partido Nova Democracia (ND), presidido por Evangelos Meimarakis, recuperaram preferência popular e estão seguindo de perto o Syriza, enquanto o sistema partidário do país está cada vez mais dividido.
Neste domingo (30/08), foram divulgadas duas pesquisas de opinião sobre as eleições parlamentares gregas, antecipadas para setembro. Quatro sondagens de intenção de voto já tinham sido divulgadas no sábado.
Nas últimas eleições, em 25 de janeiro, Tsipras venceu com 36,3% dos votos à frente dos 27,8% da conservadora ND. No entanto, de acordo com as pesquisas divulgadas neste fim de semana, desta vez, o Syriza obteria somente entre 22,2% e 27,3% dos votos, enquanto a Nova Democracia, entre 19,5 e 24,2%.
Segundo as pesquisas, três partidos disputam a terceira posição: os extremistas de direita da Aurora Dourada, o partido de centro To Potami (o rio, em grego) e os comunistas. A intenção de voto desses três partidos gira em torno de 5% a 6,5%.
A recém-fundada Unidade Popular (LAE), composta de esquerdistas que abandonaram o partido de Tsipras, os tradicionais socialistas do Pasok e o partido de protesto União do Centro também deverão ultrapassar a marca dos 3% dos votos, limite mínimo para se conseguir entrar no Parlamento em Atenas.
Dos 300 assentos parlamentares, 250 são distribuídos de forma proporcional. O partido mais forte recebe um bônus adicional de 50 cadeiras. De acordo com as recentes pesquisas, nenhum dos partidos deverá obter a maioria absoluta de 151 mandatos, o que deverá forçar a formação de coligações.
Após renunciar na semana passada, Tsipras convocou novas eleições, marcadas para 20 de setembro próximo. Neste sábado, o ex-premiê grego criticou a Nova Democracia, como também o partido To Potami e os socialistas do Pasok.
"Esses velhos partidos", afirmou o ex-chefe de governo em encontro partidário, simbolizam "o sistema corrupto político". Ele acusou os antigos correligionários que deixaram o Syriza de querer derrubar o seu governo. Tsipras afirmou, no entanto, que os verdadeiros adversários estariam entre os partidos já estabelecidos.
CA/dpa/afp