Congresso encerra breve "apagão" no governo dos EUA
9 de fevereiro de 2018O Congresso dos Estados Unidos aprovou nesta sexta-feira (09/02), com o voto de ambas as câmaras, um projeto de orçamento que permitirá a abertura, nas próximas horas, do governo, em fechamento administrativo desde a meia-noite. O projeto ainda precisa da assinatura do presidente Donald Trump para entrar em vigor.
Na manhã desta sexta-feira, a Câmara dos Representantes aprovou a nova lei orçamentária de cerca de 400 bilhões de dólares para os próximos dois anos, que havia sido anteriormente aprovada pelo Senado, pondo fim a um breve "apagão" do governo por falta de fundos.
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Após perderem o prazo final que se encerrava à meia-noite, os senadores democratas e republicanos conseguiram aprovar por 71 votos a 28 a nova proposta. Com a subsequente aprovação na Câmara e a ratificação de Trump, já prometida, a segunda paralisação do governo em três semanas terá durado apenas algumas horas da madrugada, sem afetar o funcionamento do governo.
A proposta inclui um acordo para aumentar os limites dos gastos pelos próximos dois anos e elevar o teto da dívida até março de 2019. A aprovação antes de a maior parte das instituições públicas começar a funcionar, pela manhã, evitou que cerca de 800 mil funcionários – os considerados "não essenciais" – tivessem que ficar em suas casas, suspensos de suas funções e dos salários.
As operações do governo federal foram brevemente paralisadas após o senador republicano Rand Paul, que rejeita o projeto orçamentário acordado na semana passada com os democratas, obstruir a votação em protesto pelo aumento dos gastos e o endividamento que a medida deverá gerar.
Paul, um dos senadores rebeldes na base governista republicana, ocupou a tribuna do Senado até o fim do prazo para a votação. Ele criticou o aumento nos gastos públicos e o que chamou de irresponsabilidade fiscal de seu partido, acusando-o de ser "cúmplice do déficit".
A proposta temporária para o orçamento federal inclui 300 bilhões de dólares para aumentar os limites dos gastos militares, além de aumentar o teto da dívida. O texto prevê ainda 90 bilhões para pacotes de ajuda a desastres e verbas para lidar com a crise do abuso de opioides em todo o país.
RC/afp/efe/ap
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