Como a Europa festeja o Carnaval

Na famosa Batalha das Flores (Bataille des Fleurs) em Nice, na França, as princesas das flores jogam mimosas, rosas e narcisos para o público. Este desfile na Costa Azul remonta ao ano 1876, quando as plantas eram oferecidas aos turistas.

Nesta época do ano, em Tenerifa já possível o uso de roupas mais leves, apesar de ser inverno no Hemisfério Norte. Da mesma forma como na América do Sul, grupos se deslocam ao ritmo de samba pelas ruas de Santa Cruz de Tenerifa neste que é o maior desfile de Carnaval das ilhas Canárias, que fazem parte da Espanha.

Pessoas vestidas de branco celebram o "Dia de los Indianos" em Santa Cruz de La Palma. Ele lembra o retorno dos conterrâneos que haviam emigrado para Cuba ou Venezuela no século passado. Antigamente era tradição nas ilhas Canárias jogar farinha uns nos outros, hoje em dia, joga-se talco.

Em Binche, a 60 quilômetros de Bruxelas, os homens mascarados chamados "Gilles" são há séculos as figuras mais importantes do Carnaval. Após apreciarem ostras e champanhe, eles dançam no "Mardi Gras", a Terça-feira Gorda, pelas ruas. Este colorido ritual foi reconhecido como patrimônio imaterial pela Unesco em 2008.

A origem da festa de carnaval em Veneza remonta ao século 12. Nos palácios dos nobres eram celebradas festas intensas. Os participantes dos bailes tentavam se superar uns aos outros com suas fantasias cada vez mais pomposas. Entre os eventos atualmente mais exclusivos, estão o Baile Tiepolo no Palazzo Pisani Moretta e uma visita ao Teatro La Fenice.

Dançarinas acrobatas em uniforme há em quase todas as associações carnavalescas alemãs. Em Colônia, os foliões gritam "alaaf" e na vizinha Düsseldorf, "helau". Em toda a região renana, durante os desfiles da Segunda-feira das Rosas, o público recolhe os "kamelle" (doces) e as "strüsje" (flores) jogadas nos desfiles.

Há mais de 80 anos, a "schwellköpp" – grandes cabeças feitas de papel machê – são o símbolo do carnaval de Mainz. Há 30 figuras diferentes, que são uma das grandes atrações do desfile da segunda-feira de Carnaval, a "Rosenmontag". Não é uma tarefa fácil para quem as carrega, já que elas pesam cerca de 25 quilos. As figuras são alusivas a personagem típicos de Mainz.

No sul da Alemanha, a festa dos foliões é chamada Fastnacht (noite de jejum, em menção ao início da Quaresma). As fantasias, chamadas "larve", são passadas de pai para filho. O "Federahannes", uma das figuras históricas, usa uma máscara assustadora e um manto com penas. No desfile, ele usa um bastão para dar pulos. Desfiles como o da foto acontecem no sul da Alemanha e na Suíça.

A cidade de Bremen acabou se tornando um centro da folia no norte da Alemanha. A cada ano, há um novo lema para o desfile, do qual participam centenas de grupos de samba, inclusive do exterior. Os percussionistas transformam a praça em torno do marco da cidade, o Roland, em pista de dança.

As vendedoras do mercado de alimentos Viktualienmarkt, de Munique, usam fantasias coloridas e inusitadas que elas mesmas confeccionaram na "dança das mulheres do mercado", na Terça de Carnaval, marcando o encerramento da época da folia na capital da Baviera.