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China confirma primeiro caso de zika

10 de fevereiro de 2016

Homem de 34 anos contraiu o vírus na Venezuela e está em quarentena. Autoridades chinesas afirmam que risco de doença se espalhar pelo país é pequeno, devido ao inverno e à ausência de mosquitos.

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Vírus é transmitido pelo Aedes aegyptiFoto: Reuters/J. Saldarriaga

A China confirmou o primeiro caso de zika no país, anunciaram autoridades nesta quarta-feira (10/02). O paciente contraiu o vírus durante uma viagem à Venezuela e está se recuperando rapidamente.

Em comunicado, a Comissão Nacional de Saúde e Planejamento Familiar ressaltou que os riscos do vírus se espalhar pelo país são "extremamente baixos", devido às baixas temperaturas de inverno e à ausência de mosquitos no período.

O homem de 34 anos da cidade de Ganzhou está em quarentena desde o dia 6 de fevereiro. Ele retornou do país da América do Sul no dia 5 deste mês via Hong Kong. A passagem do paciente pela região colocou em alerta as autoridades do território.

O Departamento de Saúde de Hong Kong disse que, após a confirmação da infecção, o aeroporto reforçou as inspeções, e funcionários estão sendo treinados para o controle nas fronteiras. Há um risco de o zika se espalhar localmente se ele for introduzido na região, pois o mosquito Aedes albopictus, que também transmite o vírus, está presente no território.

O secretário para Alimentação e Saúde de Hong Kong, Ko Wing-man, disse que pediu às autoridades chinesas mais detalhes da passagem do paciente pelo território e ressaltou que o risco de contágio por contato é extremamente baixo. Mesmo assim, afirmou, eles estão monitorando a situação.

A Organização Mundial da Saúde (OMS) declarou emergência sanitária mundial por causa do elevado número de casos de microcefalia e outras complicações neurológicas no Brasil, possivelmente relacionados ao vírus zika.

A OMS afirma que o vírus zika está se espalhando de forma "explosiva" e pode infectar até 4 milhões de pessoas em todo o continente americano. O vírus é transmitido por mosquitos, principalmente o Aedes aegypti.

O Brasil é o país mais afetado pelo surto. Estima-se que 1,5 milhão de pessoas contraíram o zika. O país investiga, ainda, mais de 4 mil casos de suspeita de microcefalia. No começo de fevereiro, a Organização Mundial da Saúde (OMS) declarou estado de emergência internacional por microcefalia.

CN/rtr/ap